Têm mais de 80 anos, os dois padres do Seminário das Missões Boa Nova, em Cucujães, Oliveira de Azeméis, infetados com o novo coronavírus. Um deles está em isolamento no antigo mosteiro, enquanto outro inspira mais cuidados no Hospital São Sebastião, na Feira, mas a situação está controlada.
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"São dois casos confirmados. Os outros estão de quarentena, cada um no seu quarto e a comunicarem por telemóvel, por precaução, e a ser devidamente monitorizados", contou o padre Artur, o reitor das Missões Boa Nova, em Cucujães, Oliveira de Azeméis.
Os padres infetados com Covid-19 "são idosos, com mais de 80 anos" e há um, com 84, que se encontra internado no Hospital São Sebastião, na Feira, que é "o caso mais complicado, pois apanhou uma pneumonia", revelou o padre Artur. O outro mantém no seminário, em isolamento e devidamente acompanhado por profissionais de saúde.
Entre leigos e padres, são 14 os que vivem no mosteiro. "Alguns fizeram testes, outros não, mas estamos todos bem, de quarentena, devidamente controlados por uma vasta equipa da delegação de saúde de Oliveira de Azeméis", acrescentou o responsável.
Cada um no respetivo quarto vão comunicando via telemóvel "como se fosse um hotel", e o padre Artur garante que estão a lidar com a situação com "tranquilidade". Aliás, eu estou aqui a trabalhar num artigo sobre a Igreja na Coreia do Norte", confessou, deixando perceber que não há motivos para alarmismo.
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Anexo ao seminário, no Lar de Idosos Santa Teresinha, "está tudo bem e a ser gerido da melhor forma", garantiu a diretora técnica, Ermelinda Ferreira.
Os padres têm por hábito frequentar a instituição, mas deixaram de o fazer quando foi proibida a entrada de familiares ou quem viesse do exterior, sem exceção, "desde o 9 de março". "Desde essa altura não temos sequer missa na nossa capela", reforçou a responsável.
Em quarentena profilática está apenas um dos 42 utentes, por no domingo ter ido às urgências por causa uma infeção urinária. "No âmbito do nosso plano, criámos uma área de isolamento com sete quartos preparados", conclui Ermelinda, notando que não é fácil gerir as emoções de quem há muitos dias não recebe a visita de familiares.