Os donos dos carros levados pelas enxurradas de 20 de Fevereiro na Madeira vão poder beneficiar do prémio de abate atribuído aos carros velhos retirados de circulação, anunciou o presidente do Governo Regional.
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"Evidentemente que o Governo não paga carros a ninguém. O que se combinou com o Governo da República foi que numa das novas leis que vão sair fica estipulado que as pessoas cujos carros comprovadamente foram na enxurrada e que não têm seguro terão direito ao prémio de abatimento, como se tivessem entregue o carro velho e comprado um novo", disse Alberto João Jardim.
O governante regional deslocou-se à Serra d'Água para beber uma poncha, num gesto que simboliza a normalização da vida numa das zonas mais afectadas pelo mau tempo.
"Não é por acaso que estou a falar convosco aqui na Poncha de Cima, da Serra d'Água. Isto está a normalizar-se, até a poncha. Isto é importante pelo significado", disse, assinalando a reabertura ao trânsito, ainda em moldes condicionados, da ligação entre a Ribeira Brava e S. Vicente.
Jardim aproveitou para agradecer ao secretário do Equipamento Social, que tem sido alvo de críticas por parte dos partidos da oposição pela forma como se permitiu o estreitamento das ribeiras e construção nas suas margens.
Agradeceu ainda a "todos os empresários que, sem um papel assinado até agora, cederam toda a sua maquinaria e todo o seu pessoal, pelo trabalho notável que fizeram na cidade do Funchal e na Ribeira Brava, onde foram fundamentais, com o apoio dos serviços das câmaras".
A ligação agora reaberta "ainda não é uma Avenida do Infante mas vai dar para as pessoas normalizarem a sua vida", disse, adiantando que "até ao fim desta semana o secretário do Equipamento Social adjudica a nova estrada em túnel da Ribeira Brava até à Serra d'Água, com um prazo de construção de dois anos.
Estas medidas, disse, inserem-se nas que garante ter proposto ao Governo da República e aceites por este.
"Defini três prioridades que o Governo da República aceitou. A primeira é alojar. Estão aqui os funcionários do Equipamento Social a verificar quem efectivamente precisa de casas, para não haver golpadas. A segunda é acessibilidades e garantir o recuo as ribeiras. A terceira passa pela dinamização da economia", disse.