Duas mulheres abandonam greve de fome após promessa de pagamento de salários em atraso
As duas mulheres que, na quinta-feira, entraram em greve de fome, em plena rua, para protestarem contra o facto de o Conselho Diretivo dos Baldios da freguesia de Gondiães, Cabeceiras de Basto, não pagar, há um ano, o salário aos seus maridos, funcionários da estrutura, desistiram, esta noite, do protesto.
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"O presidente dos Baldios Domingos Alves garantiu-nos que pagava segunda-feira os salários em atraso aos nossos maridos, e o da Junta de Freguesia, Manuel Ramos assegurou que, se isso não acontecesse ele resolveria o caso para que não passássemos fome", disse hoje ao JN, uma das envolvidas, Fátima de Jesus Fortuna, de 56 anos.
A cidadã cabeceirense, que entrou em greve com uma cunhada, ao meio dia de quinta-feira, salientou que o presidente do Conselho Diretivo lhes garantiu que iria esta sexta-feira ao Porto, para desbloquear uma verba que o organismo tem num banco e que, por isso pagaria, segunda-feira: "acabamos por aceitar a promessa, mas não entendemos porque é que isso não foi feito antes, deixando-nos no desespero", acrescentou, sublinhando que, nos últimos 17 meses o Baldio apenas pagou quatro mil euros ao cônjuge, ou seja, cerca de quatro meses.