Edson morreu no primeiro dia de trabalho. Tinha deixado o Brasil à procura de uma vida melhor. Encontrou a morte na estrada, juntamente com dois compatriotas e três portugueses. São as seis vítimas do acidente no IC1, na Marateca, quinta-feira.
Corpo do artigo
Natural de Timóteo, no Brasil, Edson vivia em Setúbal há cerca de um mês. Ambicionava uma vida melhor, mas foi ao encontro da morte num acidente no IC1, na zona da Marateca, em Palmela.
Quinta-feira era o primeiro dia de trabalho de Edson, que estava em Portugal com a mulher e a filha pequena. O compatriota, colega do mesmo sonho, Felipe Gardim, nascido em São Caetano, no Brasil, deixa viúva e quatro filhos.
Há ainda outro cidadão brasileiro vítima deste acidente. William da Silva, natural de Londrina. O acidente custou a vida, ainda, a Luís Neves e Vítor Sousa, ambos de Setúbal. Flávio, irmão de Luís, sobreviveu com ferimentos ligeiros. Teve alta hospitalar ainda na quinta-feira.
Compatriotas, colegas de trabalho, viviam todos nos bairros da Camarinha e Bela Vista, em Setúbal. Os portugueses também, à exceção de João Carreira, condutor, proprietário da carrinha e dono da empresa que dava trabalho aos outros cinco falecidos.
A Mercedes Vito de João Carreira, morador e com empresa (que se dedicava à montagem de andaimes) no Pinhal Novo, despistou-se e sofreu um embate na parte lateral por uma carrinha conduzida por um espanhol que seguia no sentido Sul-Norte do IC1, na quinta-feira.
9492005
O choque deu-se ao quilómetro 34, às 6.53 horas, altura em que caía um forte aguaceiro que, ao que foi possível apurar, terá sido a causa do sinistro, que deixou a estrada molhada e com fraca visibilidade.
O acidente causou a morte de seis dos sete ocupantes da carrinha. De acordo com testemunhas no local, os corpos ficaram espalhados pela via, desconhecendo-se, por isso, se seguiriam com cinto de segurança.
O condutor da carinha de matrícula espanhola, que transportava peças para a Autoeuropa, ficou ferido com gravidade.