Financiamento de 40 milhões de euros para ligação garantido a 100% pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
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Mais um passo foi dado para que o novo eixo de ligação entre Aveiro e Águeda se torne uma realidade. Vão ser 14 quilómetros, que poderão ser feitos em 10 minutos, quando as atuais ligações só permitem unir os dois concelhos em, pelo menos, 30 minutos. O contrato de financiamento da obra, no valor de 40 milhões de euros, foi esta quinta-feira assinado pelas respetivas câmaras municipais e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro. A empreitada vai ser financiada, a 100%, pelo Plano de Recuperação e Resiliência e estará concluída em 2025.
A ligação entre Aveiro e Águeda, atualmente, faz-se por três trajetos: pela EN 230 (por Travassô), pelas EN 233 e 235 (por Oiã) e pela antiga EN 1 e A25. Mas há 30 anos, pelo menos, que os dois concelhos reivindicavam uma via direta entre os mesmos.
Como explicou Célia Laranjeiro, chefe de divisão da Câmara de Águeda, o novo eixo vai ter 14 quilómetros de extensão e será construído em "perfil de autoestrada, sem portagens, com duas vias em cada sentido". "Permite encurtar em 40% a extensão dos trajetos que atualmente são percorridos e colmatar uma debilidade na região", sublinhou.
Com início - ou fim, dependendo do sentido do trânsito - na "rotunda do Millenium", em Águeda, o novo eixo viário terá um primeiro nó em Travassô, no mesmo concelho. Depois, já em Aveiro, terá um segundo nó em Eirol (para ligação à A1), outro em Eixo/Oliveirinha e um último em S. Bernardo (que liga à A17). Terminará junto ao Parque de Exposições Aveiro-Expo.
"Investimento histórico"
Presente na cerimónia de assinatura do contrato, Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, frisou que o investimento público em questão "vai tornar este território mais competitivo" e que o mesmo traduz "uma boa aplicação de fundos públicos".
E também Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e Habitação, deixou claro que a obra "beneficia a economia como um todo: as empresas, as famílias e o privado". "É um investimento histórico, que nos enche de orgulho", atestou o governante.
Isabel Damasceno, presidente da CCDRC, salientou o facto de os prazos para conclusão da obra serem "muito exigentes", devido à aplicação de fundos comunitários. "Não pode haver deslizes", advertiu. Atualmente, a empreitada já se encontra em fase de adjudicação da elaboração do projeto de execução.
Ribau Esteves, autarca de Aveiro, sublinhou que o novo eixo vai "permitir reduzir a pegada ecológica dos transportes rodoviários" e "diminuir a insegurança e a poluição".
"Até a obra estar feita, ainda falta fazê-la. Estamos a dar passos nunca antes dados. Peço-vos que acreditem", apelou Jorge Almeida, autarca de Águeda.