Desde sábado, arderam cerca de 500 hectares no Parque Natural de Montesinho devido ao incêndio rural que deflagrou em Soutelo-Carragosa, segundo estimativas feitas por alto pelo presidente da Câmara de Bragança, Paulo Xavier. O fogo acabou por se estender às aldeias de França e Rabal.
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As chamas estiveram muito perto da aldeia de Rabal, mas não foi necessário evacuar a localidade.
“Perto das cinco da madrugada o fogo esteve a 400 metros das casas na aldeia de Rabal, mas criou-se um perímetro de segurança com a intervenção das máquinas de rasto e a população não esteve em risco. Também esteve perto da Estação de Tratamento de Água (ETA) no Montesinho, o que era muito preocupante, mas tudo se resolveu”, explicou o autarca dando conta que bombeiros de todo o país acorreram ao local.
Ao final da tarde desta segunda-feira, o incêndio continuava com uma frente ativa numa zona de acesso muito difícil. “O fogo está numa zona de escarpas que apenas permite o combate a pé ou por via área. As dificuldades de acesso dificultam muito a operação”, explicou Carlos Martins, comandante dos Bombeiros Voluntários de Bragança.
Combate evolui favoravelmente
No local, mantinham-se no terreno quatro meios aéreos, mais 275 operacionais apoiados por 95 viaturas. “Apesar de tudo está a correr favoravelmente. Não há populações em perigo, nem feridos”, referiu.
O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas está solidário com a população e indicou que tem correspondido a todas as solicitações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), disponibilizando a Força de Sapadores Bombeiros Florestais, a Unidade Nacional de Máquinas e a unidade de Gestão de Fogos Rurais.
Aquele organismo adiantou ao JN que depois de o incêndio ser dado como extinto será elaborado o relatório de estabilização de emergência com a identificação das medidas urgentes a tomar, assim como um plano para a sua implementação.