Está mais difícil entrar em Espanha por estes dias, nomeadamente para os emigrantes portugueses, que têm sido barrados nas fronteiras sempre que circulam em viaturas com lotação completa, como as carrinhas de nove lugares muito usadas pelas empresas de construção civil.
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A maioria dos que tentam sair de Portugal são emigrantes sazonais que querem voltar aos países onde trabalham, como Espanha ou França, porque as medidas de restrição relacionadas com a pandemia Covid-19 sofreram um abrandamento e já é possível trabalhar em fábricas e na construção civil.
Esta terça-feira, na Fronteira de Quintanilha, em Bragança, vários emigrantes foram impedidos de entrar no país vizinho por agentes da Guardia Civil, porque viajavam em veículos lotados. "Vimos de Baião e vamos para França. Viemos para Portugal há cerca de um mês, porque estávamos sem trabalhar. Agora disseram-nos que podemos regressar a França, mas chegamos aqui e a Guardia Civil não deixou passar uma das carrinhas de nove lugares porque está cheia. Estamos à espera que nos venham trazer outra para distribuir os trabalhadores pelos dois veículos. Só pode ir uma pessoa em cada fila. A carrinha tem três filas, com três assentos cada uma", explicou Sérgio Mota, trabalhador de uma empresa que está a instalar fibra ótica em França.
Segundo os dados do Ministério da Administração Interna, desde que o controlo das fronteiras foi retomado até 13 de abril, na Fronteira de Quintanilha foram controlados 4915 cidadãos, e impedidos de entrar em Portugal 44. No total dos nove pontos de entrada, a GNR e o SEF controlaram 168.616 cidadãos e 1500 foram impedidos de passar para o nosso país.