O Centro de Ciências do Mar do Algarve pretende usar o emissário submarino de Espinho, na zona da praia de Paramos, para instalar uma infraestrutura de observação do oceano.
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O objetivo é, através de equipamentos instalados na conduta que permite lançar na água esgosto tratados, fazer a medição de diversos parâmetros para proceder à sua análise posterior.
O pedido de utilização privativa do espaço marítimo nacional por parte daquele organismo ligado à Universidade do Algarve está em consulta pública até 15 de maio. O processo pode ser consultado no site www.participa.pt.
Em causa está uma estrutura composta por duas amarrações, um das quais à superfície, “munidas de diferentes sensores para medição de parâmetros oceânicos essenciais: condutividade, temperatura, pressão, oxigénio dissolvido, clorofila, turbidez, matéria orgânica dissolvida, e corrente de subsuperfície”. As medições serão efetuadas ao longo de quatro anos, de acordo com os documentos que fazem parte do processo de consulta pública.
O emissário submarino em causa, que tem uma cerca de dois quilómetros de comprimento, situa-se a jusante da ETAR (estação de tratamento de águas residuais) de Espinho da Águas do Centro Litoral e permite lançar para o Oceano Atlântico, após o devido tratamento, os efluentes ali recebidos. A ETAR serve cerca de 195 mil pessoas, dos concelhos de Espinho, Santa Maria da Feira e Ovar.