A Preh, uma empresa de componentes elétricos situada na Trofa, vai "rescindir contrato com mais de 500 trabalhadores com vínculos precários", denuncia a União de Sindicatos do Porto, que, em comunicado, fala numa situação "selvagem e atroz". O PCP já questionou o Governo sobre este caso.
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De acordo com a União de Sindicatos do Porto, a Preh "tem no seu total quase tantos trabalhadores com vínculos precários como trabalhadores efetivos, num total de cerca de 1500", e "tenta por todos os meios reduzir as perdas ao máximo e manter os seus chorudos lucros".
A estrutura sindical revela ainda que a empresa "impõe o gozo de uma semana de férias aos restantes trabalhadores, sabendo que não o pode fazer unilateralmente". No que toca à utilização de equipamentos de proteção individual, a União de Sindicatos afirma que a Preh "exige aos trabalhadores que o equipamento, incluindo máscaras, dure uma semana, sabendo muito bem que, a ser assim, esta é apenas uma medida para enganar as entidades competentes e fazer de conta que se está a fazer alguma coisa".
O PCP já remeteu um ofício ao Governo, pedindo uma intervenção. "A situação que o país enfrenta não pode ser argumento para que o Governo se demita das suas funções de fiscalização e de garantia do cumprimento e respeito pelos direitos dos trabalhadores", vincam os comunistas.
O JN contactou a Preh para obter esclarecimentos, e aguarda uma resposta da empresa.