Empréstimos levam Orçamento de São João da Madeira aos 27,9 milhões de euros em 2021
Em tempo de quebra de receita devido à pandemia por covid-19, o executivo de São João da Madeira apresentou, na tarde desta terça-feira, o Orçamento para 2021 no valor de 27,9 milhões de euros, o montante mais elevado desde 2018.
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No orçamento "marcado pela covid" e pela "quebra de receita" como explicou o presidente da Câmara Municipal, Jorge Sequeira, a verba inscrita consegue ser a maior dos últimos três anos.
Este aumento significativo está explicado com "um conjunto de empréstimos" que, embora contraídos no corrente ano, serão "mobilizados" no Orçamento de 2021, num conjunto de obras previstas.
Os empréstimos estão relacionados com as obras da Escola Dr. Serafim Leite, requalificação da Praça Luís Ribeiro e Escola de Fundo de Vila.
"Estas verbas já estão consignadas e apenas podem ser utilizadas nas obras cujo financiamento se destinam", ressalvou Jorge Sequeira.
O autarca referiu que há receitas previstas relativas aos fundos comunitários que permitem as obras em execução e outras que irão ocorrer no próximo ano, como a modernização da rede de transportes urbanos, as ciclovias e reabilitação de passeios.
Acresce a receita com o IVA e o aumento das transferências do Estado, no quadro das finanças locais.
Cerca de 250 mil euros poderão também entrar nos cofres do município em resultado de um primeiro pagamento relativo à futura concessão do estacionamento.
Pelo lado da quebra da receita está a redução em cerca de 15% da "Derrama" e a venda e prestação de serviços na ordem dos 400 mil euros.
As entradas pagas na Casa da Criatividade sofreram uma redução acentuada, assim como as cobranças nas piscinas municipais.
O presidente da Câmara lembrou, ainda que o Orçamento, marcado pela covid-19 irá refletir a necessária resposta ao combate à pandemia com um reforço das verbas a atribuir na ação social, bombeiros e outras áreas da Proteção Civil.
"Este é um Orçamento com muitas coisas repetidas, que não foram executadas no anterior Orçamento e que não voltam a ser executadas", criticou Paulo Cavaleiro, vereador da coligação PSP/CDSPP.
O Orçamento para 2021 foi aprovado com os votos (cinco) da maioria PS e dois contra da coligação PSD/CDSPP.