Mais de uma centena de municípios reúnem-se para debater as necessidades e fragilidades dos centros históricos, tais como a relação com a comunidade migrante. O XIX Encontro Nacional de Municípios com Centro Histórico, que termina ao final desta sexta-feira, decorre em Santarém e reúne mais de 100 concelhos.
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De dois em dois anos, mais de uma centena de municípios reúnem-se para discutir os problemas dos centros históricos e trocar ideias sobre estratégias a implementar. O último encontro foi em 2022 e decorreu em Almada. Desta vez, Santarém será o palco da conferência, que conta com um programa de dois dias e que tem como mote "Pensar Global, Agir Local".
"Quando falamos de centros históricos, falamos implicitamente de património cultural. Portanto, isto tem especificidades, quer do ponto de vista da cultura e da gestão do património, mas também da gestão dos centros urbanos e da vida das pessoas", afirma Nuno Domingos, vereador da Cultura da Câmara de Santarém.
Um dos temas do encontro é a relação entre os municípios e a comunidade migrante, nomeadamente os problemas comunicacionais e a ocupação de casas em más condições.
Alojamento local
O alojamento local, apesar de ter sido um dos assuntos do último encontro, poderá voltar à discussão este ano. "O alojamento local tem um papel importante na preservação urbana, mas também pode ser um fator de afastamento da população residente. Esta questão foi muito discutida e reconheceu-se a importância de construir soluções que possam compatibilizar processos de regeneração urbana, como o alojamento local, e ao mesmo tempo proteger a habitação", explica o autarca.
No entanto, dado à relevância que o problema ganhou nos últimos tempos, Nuno Domingos acredita que seja um dos tópicos, ainda que não esteja contemplado no programa.