Técnicos estão a fazer inquéritos epidemiológicos no ACES Almada-Seixal para garantir resposta atempada.
Corpo do artigo
É a partir da Biblioteca de Felgueiras que cinco técnicos do Município e um voluntário ajudam a seguir casos positivos de infeção por SARS-CoV-2 e a despistar contactos de alto risco na área da Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Almada-Seixal. Criada quando o concelho atravessava um período de maior incidência de casos, a Equipa Multidisciplinar de Apoio ao utente com covid-19 já acompanhou cerca de 3600 infetados ou em isolamento profilático em Felgueiras. Agora, disponibilizou ajuda na realização de inquéritos epidemiológicos a regiões mais afetadas.
Felgueiras foi um dos primeiros concelhos do país a ter casos positivos de covid. Quando, em novembro, foram tomadas medidas mais restritivas, devido a um pico de casos em Lousada e Paços de Ferreira, foi criada esta equipa, tendo o mesmo acontecido nesses concelhos que integram o ACES Vale do Sousa Norte. A meta foi auxiliar a unidade de saúde pública a realizar os rastreios, cujo atraso "estava a contribuir para o aumento dos casos", resume a vereadora da Saúde da Câmara de Felgueiras.
Os técnicos e voluntários tiveram formação e a plataforma criada, comum aos três concelhos, permite o envio de SMS informativos a par das chamadas telefónicas de acompanhamento. Os dados recolhidos são carregados diretamente e os médicos de saúde pública conseguem acompanhar em tempo real. "Inicialmente eram 150 chamadas por dia, agora são à volta de 100", diz Rosa Pinto.
Com cerca de 20 novos casos diários e a situação, para já, controlada, apesar de continuar em "risco extremamente elevado", o Município ofereceu ajuda ao país. "Temos todos os contactos em dia e ao ajudarmos os outros estamos a ajudar Portugal a sair desta situação o mais rápido possível", diz a vereadora. A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo aceitou imediatamente.
Fábio Guimarães lidera a equipa que acompanha os casos positivos. Reúne contactos de alto risco, verifica se são necessários apoios sociais ou psicológicos e indica como proceder no isolamento. Os contactos acontecem com intervalos de 24 ou 48 horas, dependendo da situação. "Introduzimos os dados em tempo real. As equipas de lá acedem aos inquéritos e falam com os contactos de alto risco para evitar novos contágios", descreve. Até agora, foram cerca de 100 os contactos já realizados para a unidade de saúde pública de Almada-Seixal.