A Junta de Freguesia de Castelões, em Famalicão, criou a Oficina de Saberes, um espaço com máquinas e utensílios de costura disponíveis para uso da população. Paralelamente, promove um curso de iniciação à costura, para reforçar competências.
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A Oficina dos Saberes é apresentada como um "espaço comunitário de recuperação e renovação de roupas", de forma a incentivar a comunidade e os mais novos a reaproveitar. "Com este espaço as pessoas podem reaproveitar, fazer arranjos e transformações na roupa", explica Francisco Sá, presidente da Junta de Castelões, que é considerada uma Eco-freguesia.
O projeto arrancou em 2021 com limitações por causa da pandemia, o que fez com que andasse a meio gás. "Só mais recentemente é que arrancamos a sério", adianta o autarca.
Tem sido um sucesso. As pessoas têm vindo, mesmo as de freguesias vizinhas
"Tem sido um sucesso. As pessoas têm vindo, mesmo as de freguesias vizinhas", diz. "Os fregueses de Castelões têm prioridade mas não fechamos a porta a ninguém", aponta o presidente da Junta sublinhando que este espaço é para "envolver" a comunidade.
O espaço comunitário para renovação de roupas funciona de segunda a quinta-feira e ao sábado no mesmo horário da Junta de Freguesia mas há possibilidade de ser utilizado a outras horas mediante marcação.
"Trabalhei 17 anos numa confeção e não sei costurar!". A afirmação de Célia Sá sai em tom de espanto. Não sabia costurar mas já vai conhecendo algumas técnicas. É uma das alunas do curso de iniciação à costura promovido pela Junta de Castelões, no âmbito de um projeto financiado pelo Fundo Ambiental.
Alunas de todas as idades
Estamos a aprender a fazer saquinhos e já aprendemos a fazer bainhas, o que é muito difícil
A aluna ainda não teve oportunidade de utilizar a Oficina de Saberes até porque ainda não domina totalmente a arte de costurar, mas está a caminho."Estamos a aprender a fazer saquinhos e já aprendemos a fazer bainhas, o que é muito difícil", revela.
Com Célia estão outras 17 alunas. Uma delas é Célia Castro, engenheira industrial de profissão, que sempre quis saber costurar. "Tive oportunidade e não deixei escapar", afirma.
Na turma há pessoas mais velhas e jovens, quem não saiba nada e quem tenha algumas noções, como é o caso de Isabel Ribeiro. Tenho máquina e desenrasco alguma coisa mas quis aprender mais", sublinha.