Uma equipa de especialistas, entre os quais o geólogo do Departamento de Ciências da Terra da Universidade do Minho (UMinho) Renato Henriques, vai para o terreno, esta terça-feira à tarde, avaliar as condições de estabilidade e segurança e estudar a forma de recuperação da fenda que domingo à noite rasgou os socalcos agrícolas de Sistelo, em Arcos de Valdevez.
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Na zona afetada será criado um perímetro de segurança para impedir a aproximação de curiosos, enquanto as autoridades locais vão fazer a monitorização para "verificar se ocorrem mudanças morfológicas passíveis de reverter a decisão [tomada ontem) de fazer regressar as pessoas" às suas habitações.
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Segunda-feira ao fim da tarde, após uma avaliação preliminar do fenómeno pelo geólogo Renato Henriques, foi autorizado o regresso dos habitantes retirados de casa na noite anterior por precaução.
Segundo o Presidente da Junta de Sistelo, Sérgio Rodrigues, "a população está neste momento tranquila e confiante nas entidades". E, de momento, tudo indica que a derrocada se tratou de um fenómeno "natural" em territórios de grande declive como o daquela freguesia, e terá ocorrido devido à "acumulação de água" nos terrenos agrícolas afetados.
O aluimento de terra de grandes dimensões foi registado, no domingo à noite, quando decorria o jogo de futebol da seleção nacional com a Bélgica, e apanhou desprevenida a população. Trinta e uma pessoas, entre as quais três casais de Lisboa que se encontravam a passar uns dias em Sistelo, foram retiradas das habitações por questões de segurança.
Segunda o geólogo Renato Henriques declarou que já foi feita a "obtenção do modelo 3D da ocorrência", e que a partir de hoje e ao longo desta semana vai ser "estudada uma solução de intervenção para reduzir o risco e repor a vertente, o mais rapidamente possível".