Arranca esta semana a instalação de 25 novos pontos de carregamento de veículos elétricos em Esposende.
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O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara, Benjamim Pereira, durante um seminário sobre Mobilidade Elétrica, que contou com a presença do secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado.
“Olhamos para o território como um todo. Escolhemos um local em cada uma das 15 freguesias de Esposende para instalar um ponto de carregamento, com reforço das zonas de maior densidade, como Apúlia, Fão, Esposende e Marinhas. Temos uma densidade populacional superior a 350 habitantes por quilómetro quadrado, razão pela qual entendemos que esta é a melhor opção”, revelou o autarca.
O edil de Esposende lembrou os diversos projetos desenvolvidos pelo município, como o programa E-Move, que implementa ações que visam fomentar a mobilidade sustentável do concelho, por forma a conseguir implementar o eixo temático de descarbonização e estimular a colaboração na área da sustentabilidade ambiental.
Benjamim Pereira apelou ao Governo para que, “a par da ajuda garantida a particulares para renovação da frota automóvel”, atenda, também, “ao esforço dos municípios”, reconhecendo “a necessidade urgente de dar resposta às alterações climáticas, tema que faz com que a transição energética marque a agenda das autarquias”.
Planeta ameaçado
Já o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, lembrou que a mobilidade elétrica surgiu em Portugal em 2010 com o objetivo de “transformar a mobilidade individual” em algo que nos permita tornar compatível a necessidade de nos mover, com a nossa de “coexistência no planeta, que se encontra ameaçado”.
O governante entende que a organização que carateriza a rede nacional, com informação em tempo real, permite “um ganho de confiança que é fundamental para a crescente adesão”. Jorge Delgado lembrou que, “além dos apoios à aquisição, da isenção de impostos e de outras ações para incentivar a compra de veículos elétricos, é importante que esta aceleração se faça”. “Para tal, algumas barreiras devem ser derrubadas, nomeadamente ao nível dos licenciamentos e agilização na instalação de postos de abastecimento”, reconhece.
Luís Barroso, presidente da MOBI.E falou da responsabilidade do setor dos transportes, “fonte de 25% das emissões de dióxido de carbono”, e como Portugal “foi o primeiro país a comprometer-se com o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica, em 2050”. “Está comprometido com o objetivo intermédio de pelo menos 55% de redução líquida das emissões de gases com efeitos de estufa até 2030, a mobilidade elétrica assume um papel cada vez mais fundamental na transição energética”, conclui.