A empresa a quem foi retirada a concessão da cobrança de estacionamento em 27 ruas de Braga reclama da Câmara Municipal uma indemnização de nove milhões de euros.
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A ESSE (Estacionamento à Superfície e Subterrâneo, SA) apresentou, na passada semana, uma providência cautelar visando suspender a decisão do Executivo camarário liderado por Ricardo Rio que obrigava à retirada de parcómetros em 27 ruas da cidade. Os parcómetros estão tapados com plásticos e o acesso foi bloqueado pela Polícia Municipal.
A Administração da sociedade anónima ESSE refere agora que está a ter prejuízos incalculáveis e que o anterior Executivo, presidido pelo socialista Mesquita Machado, não só tinha concessionado à empresa 1200 lugares de estacionamento, como, em março deste ano, aumentou a concessão em mais 300 lugares. O pedido de indemnização da ESSE, elaborado por uma conhecida sociedade de advogados de Lisboa, reclama nove milhões de euros, que corresponde, diz a empresa, à verba que a empresa deixará de receber se o contrato celebrado com a Câmara de Braga não for cumprido na íntegra.
Fonte da autarquia bracarense disse, ao JN, desconhecer o valor da indemnização pedido. "Acreditamos que os tribunais vão dar razão à Câmara de Braga e, no prazo dado pela autarquia, a empresa tem que retirar os parcómetros que tem nas ruas", referiu. Na ESSE ninguém esteve disponível para falar sobre o processo.
Recorde-se que, em março de 2013, Mesquita Machado aprovou a concessão de mais 300 lugares de estacionamento pago (a juntar aos 1200 existentes) na cidade. Meses depois, em outubro, o novo Executivo municipal , liderado por Ricardo Rio, revogou a decisão tomada no início do ano e bloqueou os parcómetros já instalados.