Uma Viagem Medieval, das maiores recriações históricas da Europa (que está prestes a começar), e muitos outros eventos na rua foram o motor para algo maior. Santa Maria da Feira reconstruiu-se à boleia da cultura.
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Desenhou-se em torno de anfiteatros, de praças, de parques, do castelo, de um centro histórico inteiro criado para receber artistas e público. Quem a viu e quem a vê. Há 20 anos era mortiça, hoje enche-se de vida.
Anda pelo meio da terra, indiferente à poeira, vestido de calças beges e camisa, boné na cabeça, cheio de ideias. O arquiteto paisagista Sidónio Pardal, que concebeu o icónico Parque da Cidade do Porto e muitos outros parques verdes por esse país fora, está na cidade que daqui a dias, a 2 de agosto, será tomada por D. João I, Mestre de Avis. Que há de recuar na linha do tempo até Aljubarrota, a batalhas reais em espetáculos de grande formato, a uma era de expansão e de sentido português. E o paralelismo não podia fazer mais sentido aqui: Santa Maria da Feira cresceu, expandiu-se, fez-se maior do que o castelo que guarda no topo, ganhou identidade, e tornou-se na cidade que é hoje à boleia do seu evento maior, a Viagem Medieval, que tem lugar cativo nas maiores recriações históricas da Europa.