Estratégia de Combate à Pobreza aprovada por maioria pelo Executivo da Câmara do Porto
O executivo da Câmara do Porto aprovou, esta quarta-feira, por maioria, a Estratégia de Combate à Pobreza para 2025-2030, que pretende "fortalecer as políticas locais de erradicação da pobreza e promoção da coesão social". Bloco de Esquerda votou contra por entender que "propostas não diferem do que já foi feito".
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Além do parecer negativo do BE, esta proposta obteve os votos favoráveis do movimento independente e PS, bem como a abstenção do PSD e CDU.
A justificação do vereador bloquista, Sérgio Aires, para o sentido de voto, é o facto de considerar que "o município perdeu uma oportunidade", acrescentando que a participação "é o elo mais fraco" da estratégia, documento que "recusa em fazer face" à pobreza.
Na resposta, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, criticou "as lições de moral" do Bloco de Esquerda, salientando que a estratégia é dependente "da capacidade de redistribuir riqueza e da rede social que complementa o papel do Estado".
Para explicar as abstenções, Mariana Ferreira Macedo, do PSD, refere que o partido "não se revê integralmente neste documento", admitindo porém que é "um pontapé de saída importante".
Já Joana Rodrigues, da CDU, defendeu que a Estratégia "apresenta algumas fragilidades", como a falta de metas quantitativas e de participação da sociedade.
A Estratégia Municipal de Combate à Pobreza para 2025-2030 assenta em cinco eixos de atuação, nomeadamente, "reduzir a pobreza entre crianças, jovens e as suas famílias, assegurar oportunidades de crescimento e inclusão, promover o emprego e a qualificação, garantir acesso a direitos e serviços essenciais e fomentar o fortalecimento de dinâmicas comunitárias e a sustentabilidade das intervenções sociais".