Cerca de três dezenas de estudantes manifestaram-se, esta quinta-feira, em frente à reitoria da Universidade de Aveiro (UA), para exigirem a retoma do serviço de refeição social na Cantina do Crasto, que deixou de estar ao dispor da comunidade estudantil, em novembro, por falta de funcionários.
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Na quarta-feira, numa reunião com a Associação Académica (AAUAv), o reitor da UA já tinha deixado a promessa de estar em curso um concurso público para recrutamento de pessoal técnico e adiantado que o refeitório voltaria a servir refeições sociais dentro de um mês.
Apesar das garantias dadas por Paulo Jorge Ferreira - transmitidas na reunião com a AAUAv -, um grupo informal de estudantes optou por manter agendado para ontem um protesto. "Já não é a primeira vez, nem a segunda, que acontece. É recorrente. A cantina abre, fica aberta dois ou três meses e, depois, volta a fechar", queixou-se Leonor Cachatra, aluna do terceiro ano da licenciatura de Ciências Biomédicas e uma das impulsionadoras da manifestação.
O Campus do Crasto situa-se na continuidade do Campus de Santiago - o mais central - e é ali que ficam sedeados alguns edifícios, como a Escola Superior de Saúde, a Casa do Estudante e uma residência de estudantes.
Com a cantina social do Crasto fechada, ficamos só com a de Santiago, para cerca de 15 mil aluno
"Com a cantina social do Crasto fechada, ficamos só com a de Santiago, para cerca de 15 mil alunos. E às vezes só temos uma hora para almoçar, nem sequer dá tempo de lá ir", explicou Leonor, adiantando que, na Cantina do Crasto, atualmente, existem outros espaços de refeição - também da responsabilidade dos serviços de ação social (SAS) da UA -, mas "sem prato social". Enquanto o prato social custa 2,65 euros, os restantes são "acima dos 3,60".
João Ribeiro, diretor delegado dos SAS, confirmou ontem ao Jornal de Notícias "a previsão da reabertura do serviço para finais de março ou inícios de abril". Antes, a associação académica já tinha divulgado que o concurso para contratação de pessoal "fechou a 11 de fevereiro" e que, em breve, "iniciar-se-á a fase de entrevistas". Só depois é que a cantina voltará a servir o prato social aos alunos.