O funeral do antigo presidente da Câmara de Torre de Moncorvo Aires Ferreira, encontrado morto em sua casa, não vai envolver qualquer tipo de cerimónia religiosa ou exéquias fúnebres.
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A informação foi prestada à agência Lusa fonte da família de Aires Ferreira.
O anterior presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, 59 anos, e a ex-mulher, Alice Brito, de 55, foram encontrados mortos a tiro, terça-feira, em casa dela, naquela vila. Gravemente doentes, escolheram a forma de morrer. Juntos.
Ambos deixaram mensagens a explicar o que faziam e porquê. Aires Ferreira terá matado a mulher com um tiro de pistola na nuca e depois acabado com a própria vida.
Com 29 anos conquistou a câmara de Torre de Moncorvo, da qual saiu em 2013, nas últimas eleições autárquicas, por ter ultrapassado o número de mandatos permitidos.
Ao longo de quase três décadas à frente do município de Torre de Moncorvo, o socialista destacou-se pela persistência em causas como a barragem do Baixo Sabor e surpreendeu opositores, decisores e munícipes com o estilo adotado.
Antes de abandonar a autarquia, Aires Ferreira conseguiu juntar os 12 presidentes de Câmara do Distrito de Bragança numa causa comum e avançaram em conjunto com uma providência cautelar que impediu, até hoje, a saída do helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros.