<p>Concretizaram-se os piores receios das pessoas que vivem perto da nova fábrica de queijos da Lactogal. O mau cheiro e os ruídos estão a provocar o desespero da população, que pediu a intervenção da autarquia. </p>
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A nova fábrica de queijos da Lactogal, situada a poucas centenas de metros do centro da cidade de Oliveira de Azeméis, está a infernizar os moradores, que se queixam de odores intensos, de ruídos que não dão descanso durante a noite e da poluição das linhas de água. O assunto foi até levado por eles a uma reunião pública da Câmara Municipal - que, apesar dos protestos da população, permitiu a instalação da unidade fabril.
O cheiro é muito forte e não podemos sequer abrir uma janela". "Há mosquitos por todo o lado e à noite ninguém consegue dormir com o barulho da fábrica", lamentaram os moradores. O vereador do PS, Manuel Alberto, lembrou que o seu partido votou contra a instalação da Lactogal, mas considera fundamental que, estando já construída, "a empresa tem que laborar com condições ambientais aceitáveis".
O presidente da Câmara, Ápio Assunção, prometeu "interceder" junto da empresa. Pouco convencidos, os moradores presentes disseram estar dispostos a "outros tipos de actuação". Fonte da empresa informou que a ampliação da unidade obrigou a ajustar sistemas da Estação de Tratamento de Águas Residuais. "Tratando-se de processos biológicos, necessitam de algum tempo de estabilização, o que está a acontecer dentro da normalidade", explicou a mesma fonte.
Em relação ao ruído ambiental, "proceder-se-á a conclusão do estudo de avaliação já iniciado". "Este estudo esteve condicionado à plena carga de funcionamento de toda a unidade, incluindo as movimentações na plataforma logística. Em função dos resultados evidenciados, serão estudadas todas as medidas necessárias, tendo em vista a minimização de possíveis impactos no exterior", prometem os responsáveis da Lactogal.