<p>Os bombeiros voluntários de Oliveira de Azeméis comemoram este domingo 103 anos de existência. A festa será trocada por denúncias de alegadas irregularidades e incumprimento de protocolos que põem em causa o futuro a instituição. </p>
Corpo do artigo
O dia deveria ser de animação e de festa, mas o aniversário dos bombeiros será aproveitado para dar a conhecer publicamente alguns dos problemas que afligem a actual direcção da associação humanitária. O presidente, António Gomes, promete não calar a sua "revolta" durante a sessão solene onde irá anunciar algumas medidas "drásticas".
O JN sabe que o transporte de doentes está no seio da principal polémica. António Gomes acusa o Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga de estar a prejudicar a instituição ao entregar o transporte de doentes a uma empresa particular que presta serviço no Hospital S. Miguel, Oliveira de Azeméis.
"Retirou-nos os doentes e entregou a uma empresa particular que há cerca de quatros está a trabalhar para o hospital com contratos automaticamente renovados", acusa o responsável pelos bombeiros."Só depois de contactarmos o Hospital para fazer chegar o nosso descontentamento e do serviço estar já adjudicado à empresa é que nos pediram para enviar a nossa proposta", reclama p presidente dos Bombeiros. "Só pode tratar-se de uma situação irregular e uma tentativa de branquear a situação", afirma, garantindo que "o caso vai ser encaminhado para os tribunais".
Na resposta às acusações, António Lima, do conselho de administração do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga e responsável do Hospital S. Miguel esclarece que tudo foi efectuado "de acordo com a Lei". "Fizemos um concurso público em 2007 ao qual concorreram apenas três empresas privadas e fomos renegociando o contrato dentro dos requisitos legais, tendo em conta a melhor gestão dos dinheiros públicos" adiantou.
Outra das preocupações dos bombeiros prende-se com dívidas das administrações regionais de saúde do Norte e do Centro. "Devem-nos mais de 200 mil euros e não nos pagam nem resposta temos aos nossos pedidos de esclarecimento" adianta António Gomes, prometendo tomar uma posição pública sobre estes assuntos durante a sessão solene e depois de uma primeira conversa formal com as diferentes autoridades.