Por falta de técnicos de emergência pré-hospitalar, o Porto terá ficado sem serviço de ambulâncias de emergência médica entre as 16 horas e as 20 horas deste domingo. Quem o diz é a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica. O INEM garante que foi dada "resposta célere" a todas as situações.
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Em comunicado a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) diz que a cidade do Porto, entre as 16 horas e as 20 horas deste domingo, esteve "privada das seis Unidades de Resposta detidas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) por falta de técnicos de emergência pré-hospitalar, o que uma vez mais vem confirmar o que já anteriormente temos vindo, de forma insistente, a alertar em diversos fóruns".
Para os técnicos, esta "é, mais uma perigosa insensatez promovida pelo INEM", colocando "em causa não só o direito à saúde como o direito à vida". A associação entende "que não se vislumbra a resolução deste tipo de situações, nem a longo prazo nem com efeitos imediatos, por falta de capacidade do INEM", e avançam com um pedido de demissão do ministro da Saúde, Manuel Pizarro e do Conselho Diretivo do INEM, que tem com presidente Luís Meira, reconduzido ao cargo pelo presidente da República na quinta-feira.
Os técnicos consideram que tanto o ministro como o Conselho Diretivo "infelizmente, já demonstraram a falta de competência para exercer as suas funções da forma justa e adequada às necessidades do país".
Neste sentido, a associação pede a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito "que apure os factos de forma livre e independente, levando à criação e implementação das medidas necessárias à criação de um verdadeiro serviço médico de emergência, capaz de responder, não só pronta e eficazmente, como com níveis de qualidade de excelência aos portugueses".
INEM garante que houve "resposta célere a todas as situações"
Ao JN, fonte do INEM diz que "não se verificou qualquer situação de atraso no acionamento de meios de socorro na cidade do Porto, tendo sido dada uma resposta célere a todas as situações". A mesma fonte acrescenta que "o Sistema Integrado de Emergência Médica é composto não só pelas ambulâncias do INEM, mas também pelas ambulâncias dos bombeiros e Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) que, acionadas pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM, dão resposta às situações de acidente e doença súbita".
Trata-se, sublinha o INEM, de "um sistema robusto e complementar, composto por mais de 600 meios de diversas tipologias e que funcionam em rede de complementaridade".
No Porto, este domingo, na Área Metropolitana do Porto estiveram a funcionar "cinco ambulâncias de Emergência Médica do INEM, seis ambulâncias de Suporte Imediato de Vida, cinco Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER), sete ambulâncias de Socorro operadas pela CVP e 45 ambulâncias de socorro operadas pelos Bombeiros".