<p>Um acidente envolvendo uma cisterna de combustível e um ligeiro foi o cenário do simulacro que se realizou ontem no Barreiro, um exercício que, no final, levou os bombeiros a reconhecer que não estão preparados para acidentes com produtos químicos.</p>
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O comandante dos Bombeiros Voluntários Sul e Sueste do Barreiro, António Reis, explicou que se acontecesse um acidente envolvendo um outro tipo de matéria química, os bombeiros não teriam capacidade de resposta.
Algumas das indústrias do Barreiro ainda utilizam produtos químicos considerados perigosos.
O comandante disse que a maior necessidade da corporação é uma viatura específica de combate à "indústria de risco e química bem como fatos de aproximação química". "Foi um acidente simulado de gasóleo, se fosse outro tipo de matéria química não tínhamos, na hora, capacidade para intervir", concluiu António Reis.
Só Setúbal tem equipamento
O responsável explicou que na região, apenas em Setúbal existe este tipo de material, admitindo que é "completamente incomportável adquirir um equipamento destes por conta das associações de bombeiros"
Quanto ao simulacro, o cenário era uma cisterna que transportava gasóleo e embateu num ligeiro, provocando ferimentos nos dois passageiros, que ficaram encarceradas, seguindo-se o derrame de combustível. "São situações complexas, ainda para mais envolvendo um veículo de transporte de matérias perigosas. Com qualquer manuseamento de ferramenta ou proximidade de ignição, depressa se passa para um violento incêndio", explicou.