Família de homem que morreu no hospital vai levar caso “até às últimas consequências”
A família de Manuel Ribeiro e Costa, de 57 anos, que morreu na sexta-feira na sala de espera do hospital de Viana do Castelo, algumas horas depois de ter recebido pulseira verde na triagem, decidiu agir judicialmente para que o caso não fique impune.
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O homem era natural de Deão, casado e pai de dois filhos, um casal com 28 e 19 anos. Trabalhava num posto de combustíveis e era considerado "um benfeitor" na freguesia.
"A família tenciona levar isto até as últimas consequências", afirmou esta terça-feira, ao JN, Carolina Fernandes, prima da vítima, referindo que "formalmente ainda não foi feito nada" mas que a família decidiu "avançar".
Carolina Fernandes acrescenta que estão a ser avaliadas as várias opções e que têm "as hipóteses todas em cima da mesa". Uma das quais será "apresentar uma queixa-crime".
"Não é contra o hospital. A nossa raiva está na profissional de saúde que atribuiu a pulseira verde e disse que aquilo podia ser uma virose", realça.
Manuel Ribeiro e Costa deu entrada no serviço de urgência do hospital de Viana do Castelo a 17 de maio, cerca das 11.30 horas, acompanhado pela esposa, apresentando sintomas como "dor no peito, falta de ar e um braço dormente".
Na triagem foi-lhe atribuída pulseira verde, usada em situações menos urgentes, que podem aguardar atendimento no espaço de 120 minutos.
Não terá sido atendido até cerca das 15.30 horas, quando "caiu inanimado na sala de espera". Foi socorrido nessa altura mas, perto das 19 horas, foi comunicado o óbito à família.
O hospital de Viana do Castelo já tinha anunciado, na segunda-feira, a abertura de um processo de inquérito para apurar as circunstâncias da sua morte.