Um casal, com dois filhos menores, vive numa casa do Bairro do Viso, no Porto, com constantes infiltrações e parte da varanda a ameaçar ruir. A habitação pertence ao IHRU (Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana), que garante querer fazer obras, mas diz estar de mãos atadas.
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Andreia Magalhães vive há 37 anos numa casa do Bairro do Viso, que já pertenceu à avó. "Há pelo menos dez anos que está a precisar de obras urgentes. Tenho informado o IHRU disso mas só recebo um "vamos ver, vamos ver"", lamenta a residente, ao JN.
Com um marido autista e dois filhos, de nove e oito anos, também com vários problemas de saúde e deficiência, Andreia começa a ficar desesperada. Já bateu a todas as portas e a casa já foi vista por diversas entidades, desde bombeiros, Proteção Civil, Junta de Freguesia, Câmara e até assistentes sociais e especialistas em saúde pública. E nada. "Chove dentro de casa como se estivéssemos na rua. Os armários da cozinha estão a ficar podres, o chão está a levantar e já pusemos o guarda-vestidos ao lixo", conta Andreia Magalhães. Há cerca de um mês, foi parte do teto da lavandaria que caiu. "Cinco minutos antes tinha ido estender roupa. Foi por pouco que não me caiu em cima", destaca.