A família de S. Roque, Oliveira de Azeméis, que perdeu todos os bens após um incêndio na casa que habitava vai ser realojada pela Autarquia, mas corre o risco de ser separada. O Tribunal vai analisar se a mãe reúne condições para manter a custódia dos filhos.
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Na madrugada de quarta-feira passada, Fernanda Rosário, os três filhos, com idades entre os 10 e 18 anos, e uma neta, de 10 meses, ficaram apenas com a roupa que traziam vestida quando a casa degradada que habitavam foi totalmente consumida pelas chamas. Um incêndio provocado por uma vela, a única iluminação que tinham disponível.
"Logo após o incêndio, a Câmara pôs em acção os serviços da Acção Social para apoiar a família e a Protecção Civil por causa do risco de derrocada do edifício" esclareceu o presidente Autarquia, Hermínio Loureiro . "A família vai ser realojada pela Câmara num apartamento de Lações", garantiu, ao JN, o autarca.
Também a vereadora do pelouro da Acção Social, Gracinda Leal, afirma que foram desencadeados os serviços de diferentes instituições, como a Santa Casa de Misericórdia, a Conferência Vicentina e a Segurança Social, entre outras, que, juntamente com a Autarquia, deverão garantir todo o apoio necessário.
Contudo, continua por resolver uma das maiores preocupações de Fernanda Rosário, que teme perder a custódia dos filhos, por ordem do tribunal. Uma possibilidade que a vereadora não nega.
"Os processos relativos aos menores estão no Tribunal. Durante muito tempo foi tentado que a senhora aceitasse as medidas necessárias à promoção de um crescimento saudável dos menores. Mas foram sempre negadas", explicou Gracinda Leal.
A nova atitude da mãe, pelo menos para já, perante as solicitações dos técnicos e a previsível melhoria nas condições de habitabilidade poderão alterar a situação. "Haverá uma reavaliação do processo e o tribunal irá decidir o que for melhor para as crianças", afirmou a vereadora da Acção Social.