A feira de Famalicão retomou, esta quarta-feira, a atividade total com uso obrigatório de máscara, alargamento do espaço e gel desinfetante à entrada e saída. A afluência de clientes agradou aos comerciantes.
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"O movimento está a cerca de 80% de uma quarta-feira normal, isto é, antes da pandemia", notou Olívia Pereira, vendedora de frutas e legumes que nunca deixou de comercializar na feira de Famalicão. "Hoje há mais clientes do que quando só estavam os produtos alimentares", acrescentou, notando que a feira está "bem organizada".
O fluxo de entradas e saídas de clientes indiciava que muitos quiseram ir fazer compras à feira. Um deles foi Narciso Gomes, de Airão São João, no concelho de Guimarães, que retomou o hábito de abastecer o frigorífico de frutas e legumes na feira de Famalicão. "São coisas mais caseiras, e por vezes com o preço mais em conta", contou. No saco levava cebolas, frutas, couve, flores e hortaliça para plantar. "Se fosse comprar ao supermercado, depois teria de ir a outro sítio comprar as novidades para plantar. Assim, faço tudo aqui", acrescentou.
Na zona de frutas e legumes o movimento era maior do que na área de vestuário, calçado, têxtil, madeiras e cerâmica. "Para já, está parado porque ainda agora começamos", notou Conceição Alves, comerciante de vestuário que esteve sem trabalho "quase três meses". "A sobrevivência foi muito difícil mas agora esperamos que isto retome, vamos ter esperança", afirmou. "Temos todos de cumprir as regras porque de outra maneira não vamos para a frente", disse.
O espaço destinado à feira foi alargado, pelo que a parte agrícola e frutícola foi transferida para uma área não alcatroada anexa. As entradas e saídas fazem-se por corredores distintos, sendo que a fiscalização foi reforçada para que seja cumprida a regra de cinco pessoas por cada 100 metros quadrados. Por outro lado, o intuito desta vigilância é "impedir a concentração das pessoas e a ausência" de máscaras e desinfetante.
Ao início da manhã, o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha visitou a feira para verificar o cumprimento das normas. "Há, na feira, todas as condições para que as regras da DGS sejam observadas", afirmou notando que vendedores e compradores estão a "proteger-se".
Alguns feirantes deram a conhecer as dificuldades do setor nesta altura de pandemia, algo a que o autarca disse ter ficado "sensível". Aliás, adiantou que a Autarquia está aberta à introdução de "situações de exeção" no que diz respeito às taxas.
Paulo Cunha salientou que o "comportamento das pessoas é essencial" para a redução do risco. "O que cada um de nós faz é decisivo para que as regras sejam bem sucedidas", concluiu.