Feridos na explosão de Santa Margarida estão estáveis e vão ser transferidos de Coimbra
Os dois militares considerados feridos graves na explosão ocorrida na quinta-feira no Campo Militar de Santa Margarida encontram-se estáveis e vão ser transferidos ainda hoje do Hospital Universitário de Coimbra para outra unidade de saúde.
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A informação foi adiantada à agência Lusa pelo gabinete de comunicação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, após a avaliação efetuada cerca das 12 horas, que dá a situação clínica dos soldados como "estável".
Uma explosão no Campo Militar de Santa Margarida, em Constância, no distrito de Santarém, provocou quinta-feira à tarde um morto e cinco feridos, dois graves e três ligeiros.
Os dois feridos mais graves foram transportados para o Hospital Universitário de Coimbra com lesões ao nível da audição, com zumbidos associados à explosão, e ao nível da pele, como na face, pelo impacto e por terem sido projetados.
Ainda na quinta-feira, o Exército abriu um processo de averiguações à "explosão inadvertida" ocorrida durante uma operação de desativação de explosivos, anunciou o ramo.
Em comunicado, o Exército referiu que ocorreu uma "explosão inadvertida", cerca das 16.40, durante uma operação de desativação de engenhos explosivos, que estava a ser realizada por uma equipa de desativação do Regimento de Engenharia N.º1 "para a destruição, no local, de munições e explosivos e foguetes".
A operação foi realizada "no âmbito do Planeamento e Gestão das Áreas de Instrução, Infraestruturas de Tiro e Infraestruturas de Treino do Campo Militar de Santa Margarida", lia-se na nota.
Num balanço também realizado perto das 20 horas de quinta-feira, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Constância disse aos jornalistas que o incidente ocorreu quando uma máquina estava a fazer a inativação de explosivos, sendo que esta ficou destruída.
Marcelo deixa "palavra de gratidão" aos feridos
O presidente da República visitou hoje três dos cinco militares feridos para deixar "uma palavra de gratidão", considerando prematuro falar das causas do acidente.
Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se ao final da manhã ao Hospital de São José, em Lisboa, acompanhado da ministra da Defesa, Helena Carreiras, e do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Nunes da Fonseca, e do chefe do Estado-Maior do Exército, general Mendes Ferrão.
"Vim porque não há nada como ver a realidade e dar uma palavra de gratidão a quem cumpriu a sua missão num momento inesperadamente difícil e que só não foi mais grave porque as consequências não são tão graves como se imaginava", afirmou o chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas, em declarações aos jornalistas no final da visita.