<p>Uma explosão seguida de incêndio destruiu totalmente uma casa na madrugada de ontem em Trémoa, Miranda do Corvo. As três pessoas que se encontravam no interior sobreviveram sem ferimentos. Um casal que vive junto ao local não se encontrava em casa.</p>
Corpo do artigo
Por volta das 2.50 horas da madrugada ouviu-se um estrondo que acordou toda a vizinhança em redor. A explosão ocorreu numa vivenda, situada no cimo de uma ladeira, e foi alegadamente provocada por uma botija de gás. No interior encontravam-se três pessoas, um casal e a mãe dela, já idosa. “Ela ainda foi buscar a mãe a um quarto no canto. Vá lá, tinha o caminho livre”, conta ao JN um morador da zona, que optou por não se identificar.
Na divisão da casa onde ocorreu a explosão vivia a filha do casal com o marido. Por sorte, descreve um vizinho, ambos estariam ausentes a comemorar o aniversário de casamento.
No local, uma zona de difícil acesso, eram ontem visíveis os destroços da habitação, que foram projectados por uma distância de alguns metros, abaixo da ladeira. A casa ao lado também ficou danificada, com uma parede totalmente destruída. “Ouviu-se um estrondo enorme. Acordou tudo aqui na zona”, descreve um habitante. Outro morador afirma ter pensado na altura que se tratava de um tremor de terra.
Apesar da violência da explosão ninguém ficou ferido com gravidade. Apenas o proprietário sofreu ferimentos numa mão e num pé, provocados pela precipitação em abandonar a casa.
Ainda assim e, por precaução, os três elementos foram transportados aos Hospitais da Universidade de Coimbra, tendo saído ao início da manhã.
Durante o dia, a zona foi isolada pela equipa de peritos da Polícia Judiciária, para analisarem e determinarem a causa da explosão. As operações de socorro tiveram a participação dos Bombeiros Sapadores e Voluntários de Coimbra e dos Bombeiros de Miranda do Corvo. No total estiveram 47 bombeiros apoiados por 13 viaturas. Após o final das operações, por volta das seis horas da manhã, foi montado um esquema de vigilância na zona.
A habitação agora destruída começou a ser construída pelo proprietário em 1982. No entanto, só foi dada como concluída em 2005 e licenciada em 2007. “Ainda lá andava a fazer umas pequenas obras”, conta o morador. A parte afectada foi a do sótão, tendo o piso caído totalmente sobre a sala de estar.
A filha do proprietário já tinha comprado um apartamento com o marido.
Os moradores da casa vão agora ver o que resta e o que se pode aproveitar. Por enquanto ficam temporariamente alojados em casa de familiares. “Nas aldeias as pessoas nunca ficam na rua”, desabafa um morador.