Cerca de 150 mil pessoas são esperadas no Festival do Bacalhau, que decorre de 15 a 19 de agosto, no Jardim Oudinot, em Ílhavo, com um programa que, além da mostra gastronómica, inclui provas de vinho e artesanato.
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Organizado pela Câmara Municipal, em conjunto com a Confraria Gastronómica do Bacalhau, o festival está integrado nas Festas do Município "Mar Agosto" e tem, este ano, como pano de fundo a comemoração dos 75 anos do Museu Marítimo de Ílhavo.
Segundo a autarquia, a iniciativa, que surge no âmbito da aposta na promoção da "Capital Portuguesa do Bacalhau", é já uma "marca inconfundível" das atividades de verão do município e da região.
Tal como na última edição, o evento conta com a presença de dez tasquinhas de associações locais que vão confecionar dezenas de pratos de bacalhau nas suas mais variadas formas, desde o tradicional bacalhau cozido com batatas até ao bacalhau à confraria - uma receita da autoria do chefe Silva.
Na ementa constam também alguns pratos que eram servidos antigamente a bordo dos navios da frota bacalhoeira, como os bolos de bacalhau, as línguas, as caras, a feijoada de samos ou a chora.
"Só são servidos pratos de bacalhau. Pode haver uma ou outra exceção, porque pode aparecer uma criança que não goste de bacalhau, mas esses pratos nem sequer podem estar na ementa", disse à agência Lusa João Madalena, grão-mestre da Confraria do Bacalhau.
Durante os cinco dias do evento, a organização prevê que sejam servidas cerca de 11 toneladas de bacalhau e derivados do "fiel amigo" (línguas, caras e samos, entre outros).
O certame conta ainda com a presença de duas padeiras de Vale de Ílhavo, uma empresa de vinhos da Bairrada e um pavilhão da Associação dos Industriais do Bacalhau.
O programa inclui um "show-cooking" com os chefes Chakall, Luís Américo, Lígia Santos, Armando Matos e Nuno Inverneiro, cinema ao ar livre e uma mostra de artesanato.
Todas as noites atuam artistas portugueses como Adelaide Ferreira, Lucky Duckies, Quim Barreiros, UHF e Carminho.
Apesar da conjuntura económica difícil, a organização espera receber cerca de 150 mil pessoas, mantendo a afluência de público registada no ano passado.
"Este é um festival que já tem muita fama", afirmou o confrade, acrescentando que recebem pessoas de Lisboa, do Porto e até espanhóis que às vezes ligam a dizer quando chegam, para reservar mesa. No entanto, João Madalena refere que não aceitam marcações. "Quem vier, quando chegar a vez, entra e come", diz o grão-mestre.
O festival abre na quarta-feira às 18:00, no Navio Museu Santo André, e encerra no domingo, dia 19, com o sorteio de um bacalhau pelos visitantes.
Ao longo dos cinco dias do certame, as Tasquinhas do Bacalhau estão abertas das 12 às 15 horas, para almoços, e das 19 até às 24 horas, para jantares.