O vice da Câmara do Porto, Filipe Araújo, vai apresentar uma queixa-crime contra Rodrigo Passos, deputado do PSD na Assembleia Municipal, após a troca de palavras entre ambos, em que o deputado acusou o vice de uso indevido de verbas da Associação Porto Digital e Araújo considerou "reles" essa acusação.
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"Na passada segunda-feira, 31 de março, em reunião da Assembleia Municipal do Porto, que estava a ser transmitida em vídeo através da Internet, o deputado municipal do Partido Social Democrata (PSD), Rodrigo Passos, proferiu uma intervenção completamente desenquadrada da ordem de trabalhos. Nesta intervenção referiu-se a contratos de consultoria em apoio e comunicação e marketing da Associação Porto Digital, considerando que existem dúvidas sobre se existem dinheiros municipais atribuídos à Associação que possam estar a ser, porventura, canalizados para propaganda eleitoral", descreve o vice, em comunicado.
"Considero que esta intervenção se encontra pejada de imputações e insinuações, produzidas completamente a despropósito e à revelia da ordem de trabalhos estabelecida para a referida Assembleia, configurando um vil ataque "ad hominem", concebido com o único propósito de aviltar e lançar as mais abjetas dúvidas e suspeitas, por absolutamente infundadas, numa clara tentativa de ferir a minha honra e consideração, e atentar contra o meu bom nome e em consequência causar danos e prejuízos para a minha vida pessoal, familiar e profissional. Foi claro que o deputado municipal do PSD não teve qualquer intenção de esclarecer ou ser esclarecido, servindo-se, apenas, do seu espaço de intervenção, para fazer um ataque ao meu caráter e à conduta do executivo municipal", prossegue.
"Deste modo, torno claro que não me conformo com este ataque vergonhoso. A política deve pautar-se pelo respeito, pela elevação e pelo compromisso com a verdade. Não me deixarei nunca condicionar, e seguirei sempre os meus princípios de transparência, rigor e serviço público. Não cedo a ameaças, calúnias, nem a falsos testemunhos. Na política não pode valer tudo. Em consequência, instruí o meu advogado para avançar com a competente queixa-crime", revela.
A terminar, acrescenta: "No dia seguinte ao sucedido, enviei ao Senhor Presidente da Câmara Municipal do Porto toda a informação sobre contratos de comunicação e marketing da Associação Porto Digital através de um relatório circunstanciado sobre o assunto, documentação que prontamente distribuí pelos vereadores da Câmara Municipal e pelos líderes de bancada dos grupos municipais na Assembleia Municipal do Porto".