
Foto: Pedro Sarmento Costa / Lusa
Um incêndio atingiu a zona industrial da Cocanha, em Chaves, ameaçou várias empresas e queimou, pelo menos, uma grande quantidade de lenha para venda, obrigando à união de esforços entre bombeiros, funcionários e proprietários.
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Testemunhas no local disseram à agência Lusa que na empresa de venda de lenha estavam armazenadas cerca de 200 toneladas, estando o fogo a consumir uma grande parte desta material.
Para o local foram mobilizados muitos operacionais, que contam com o apoio de meios aéreos.
Mesmo ao lado da empresa de venda de lenha, concentram-se atenções na proteção de uma sucata, com muitos produtos inflamáveis, e de um centro de abate ali existentes.
Empurrado pelo vento forte, o fogo, que na terça-feira entrou em Chaves, vindo da Galiza (Espanha), progrediu com grande rapidez para a zona industrial da Cocanha, na Freguesia de Santa Cruz, Trindade e Sanjurge, mesmo às portas da cidade de Chaves.
No local, a Lusa observou funcionários e proprietários de empresas com as mangueiras a apagar o fogo que tocou nos edifícios, como numa gráfica ou loja de venda de produtos agrícolas, tendo sido auxiliados pelos bombeiros.
Área ardida já ronda os cinco mil hectares
O comandante sub-regional do Alto Tâmega e Barroso, Artur Mota, disse à agência Lusa que se estima que o fogo tenha consumido uma área a rondar os cinco mil hectares.
As chamas consumiram mato, floresta e zonas de olival, soutos e vinha.
Pelas 20 horas, o incêndio tinha duas frentes ativas, com a de Vila Verde da Raia a ceder aos meios, depois de ter passado o rio Tâmega. A outra frente prosseguiu para a zona industrial da Cocanha, onde ameaçou várias empresas e consumiu toneladas de lenha destinada à venda.
Artur Mota disse que a noite vai ser de muito trabalho de consolidação e rescaldo, com atenções centradas nos pontos quentes e reativações.
Pelas 20.30 horas, segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, estavam no local 500 operacionais, 158 meios terrestres e quatro meios aéreos.
O vento forte está a ser uma das principais dificuldades no combate às chamas.
