O incêndio que deflagrou no domingo, em Aljezur, no Algarve, e passou para o concelho vizinho de Lagos, mantém uma frente ativa e o vento está a causar reativações.
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O segundo-comandante regional da Proteção Civil do Algarve, Abel Gomes, fez um ponto de situação do fogo, pelas 15.30 horas, e afirmou que, durante a tarde, o aumento da intensidade do vento causou várias reativações com potencial para alastrar, mas a pronta resposta das equipas de combate tem permitido manter o fogo com uma frente ativa e "sem aumentar muito o perímetro" afetado.
"Este é um incêndio em que, tal como tínhamos previsto, no período da tarde podíamos ter situações complicadas, como se estão a verificar. Por ação do vento moderado a forte estão a ocorrer várias reativações em todo o perímetro do incêndio, todas elas com elevado potencial de desenvolvimento", disse o segundo-comandante regional do Algarve, em Alfambras, no concelho de Aljezur, no distrito de Faro.
Abel Gomes destacou a "prontidão" com que os meios de combate ao fogo têm respondido a essas reativações do incêndio - que chegou a ter quatro frentes ativas - para garantir que, com "todos os meios que estão no teatro de operações, e com o apoio aéreo", se consegue "fazer face" a essas ocorrências.
O segundo-comandante da Proteção Civil algarvia salientou que esse objetivo tem sido, até agora, alcançado, apesar de os próprios meios aéreos estarem a enfrentar "dificuldade em operar face à quantidade de fumo e à turbulência causada pelo vento".
"Neste momento, não temos indicação de habitações em risco", afirmou também a fonte da Proteção Civil, adiantando que o dispositivo está a "trabalhar em antecipação com a GNR" para a eventualidade de ser necessário retirar pessoas da linha do fogo.
"Não estamos a falar de evacuações, mas de um trabalho de análise e prevenção para uma reação o mais atempada possível", esclareceu.
Ao longo do dia, têm estado a ajudar no combate ao incêndio nove meios aéreos, alguns de coordenação, que têm acorrido a essas reativações para evitar que o fogo alastre, destacou.
A área afetada é composta por mato, mas há também zonas de pinhal, de eucaliptal e sobreiros, caracterizou Abel Gomes, frisando que a zona de mato foi mais atingida na parte inicial do incêndio.
"Neste momento, temos uma frente ativa com as várias reativações, mas o incêndio não aumentou muito o seu perímetro", disse ainda Abel Gomes.
Nas operações estão envolvidos um total de 518 elementos das várias entidades que integram a Proteção Civil, com o apoio de 181 veículos e nove meios aéreos.