Uma funcionária não docente da secundária Amélia Rey Colaço, em Linda-a-Velha (Oeiras), está infetada com covid-19. A assistente operacional trabalhou até quinta-feira. A escola terá sido informada esta quarta-feira do resultado do teste. Ministério garante que protocolo foi seguido.
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A assistente operacional terá tido sintomas no final da semana passada e feito o teste sexta-feira. Terá recebido o resultado dia 19 e avisou a direção da escola esta quarta-feira de manhã. As aulas terão decorrido hoje sem qualquer suspensão, assegura Luís Esteves, responsável pelo Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA).
É o segundo caso positivo numa secundária, depois de outra não docente também ter acusado positivo em Vila Real num teste realizado pela autarquia a professores e funcionários das escolas antes do regresso às aulas presenciais pelos alunos.
A funcionária, garante o sindicato, "esteve sempre em contacto com as restantes trabalhadoras não docentes, bem como em contacto com elementos da direção da escola", tendo feito parte da "equipa que fez a higienização e organização" da escola para retomar as aulas presenciais esta segunda-feira.
"Esta situação não está a ter as medidas de prevenção adequadas e é um bom exemplo da razão porque todos os trabalhadores das escolas (docentes e não docentes) deveriam ter sido testados antes da reabertura" das aulas presenciais, defende o sindicato em comunicado. Luís Esteves assegura que já questionou a direção do agrupamento de escolas Santa Catarina, ao qual a secundária pertence e a câmara de Oeiras que tutela os não docentes.
"De acordo com as informações da direção da escola, a funcionária em causa não esteve ao serviço no retomar das aulas presenciais e todas as normas de saúde e de segurança foram devidamente seguidas", garante o Ministério da Educação em resposta escrita enviada ao JN, quando interpelado se alunos, docentes e não docentes irão ser testados.
Já a Federação Nacional de Professores (Fenprof), que reivindicou a realização de testes antes de as aulas presenciais recomeçarem, voltou a acusar o ministério de "imprudência".
"Veremos se a estratégia de ir sabendo a conta-gotas será a que mais contribui para a confiança das pessoas e para garantir a segurança sanitária de todos. Em França essa opção já levou ao encerramento, de novo, de 70 escolas. A Fenprof espera sinceramente que não venha a suceder situação idêntica em Portugal", lê-se no comunicado divulgado esta quarta-feira.
A Federação insiste "que não é tarde" para se realizar o rastreio nas secundárias. "Ele continua a ser indispensável para permitir identificar, de imediato, eventuais casos positivos, em vez de se aguardar que surjam, já com sintomas, dentro da comunidade escolar".
