Sistema Integrado de Gestão arranca esta terça-feira, centralizado no quartel dos bombeiros Sapadores. Informação das ocorrências seguida em tempo real nos oito monitores da sala de comando.
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Começa esta terça-feira uma nova era para as operações de socorro em Gaia. Arranca o Sistema Integrado de Gestão de Emergência (SIGE), centralizado no quartel dos Sapadores, mas a envolver todas as corporações de bombeiros do concelho, com a mais-valia tecnológica das ocorrências serem seguidas em tempo real nos ecrãs da sala de comando.
O investimento, partilhado pela Autarquia e pelo programa POSEUR, foi de 380 mil euros e o presidente da Câmara, Eduardo Vítor Rodrigues, assinala que a resposta será "mais célere", entre o alerta e a chegada dos meios. A informação "integrada e em rede", das corporações de Valadares, Coimbrões, Aguda, Carvalhos, Crestuma e Avintes, assim como da Polícia Municipal, será monitorizada em permanência, durante 24 horas, por uma equipa que tem à sua frente oito ecrãs. "Acompanhar por georreferenciação o posicionamento das viaturas" e "pelo registo estatístico analisar os pontos críticos, para reduzir as ocorrências", são outros propósitos, adianta o comandante dos Sapadores, José Viana.
Num território de 168 quilómetros quadrados (três vezes a dimensão do Porto), com 302 mil habitantes (terceiro mais populoso do país), atravessado por seis autoestradas e com muita sinistralidade (ver quadro acima), tudo aquilo que melhore a prevenção e o socorro é bem-vindo. O SIGE permitirá, ainda, "a emissão de avisos à população, nomeadamente quanto a intempéries e ao risco de incêndios".
A evolução engloba um "módulo de comando e comunicações". Na prática, este módulo é personificado por uma viatura, que vai para o chamado "teatro das operações" e é autónomo. Dispõe de um gerador de energia, ligação por satélite e monitores. Numa ocorrência, funcionará como um posto de comando, dotado de todos os meios, incluindo meteorológicos.
Há uma "sala de crise"
Nesta onda de modernização, os chefes de intervenção passam a dispor de "tablets para comunicarem com a central". Além da interligação ao INEM, o objetivo futuro do SIGE é a "interligação dos patamares municipal e distrital".
Outra novidade, esta terça-feira, passa pela apresentação do Centro de Coordenação Operacional Municipal, vulgarmente designado por "sala de crise", onde o presidente da Câmara, apoiado por outros interlocutores, sejam de organismos públicos, empresas municipais e privadas, tomará decisões nos casos de acidente grave ou de catástrofe.
Na central há outros dois ecrãs para o controlo de acessos ao Centro Histórico, mediante a gestão dos pilaretes nas ruas. No futuro, quando a videovigilância vigorar no Centro Histórico, assim como nas autoestradas, túneis e estações de metro, também essas imagens serão vistas.
Porto tem o CGI e muitas câmaras
No Porto, o Centro de Gestão Integrada (CGI) existe desde 2015. Tem duas salas, de operações e de crise. Agrega entidades de segurança, gestão de tráfego, emergência e gestão de resíduos. Há mais de uma centena de câmaras na cidade às quais o CGI acede.
Plataforma em Matosinhos
O Sistema Municipal de Gestão de Emergência de Matosinhos foi concebido pela Autarquia e permite partilhar informação sobre ocorrências entre a Proteção Civil, os bombeiros e a Polícia Municipal. Entre os objetivos está a proximidade com a população.