Eduardo Vítor Rodrigues promete cumprir terceiro mandato com o foco na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Cancela Moura culpa a abstenção pela fraca adesão na rua à candidatura.
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Tem sido uma campanha longe dos holofotes dos média e do entusiasmo da população, num concelho onde o jogo se faz a duas vozes. O candidato da coligação PSD/CDS/PPM, Cancela Moura, culpa a abstenção. Mas, ainda assim, confia que, numa semana, conseguirá levar os gaienses a penalizarem o atual presidente da Câmara, o socialista Eduardo Vítor Rodrigues, que concorre a um terceiro mandato, com o objetivo de deixar "um legado".
"Não ando à procura de placas de inauguração. Isto é uma corrida de estafetas. Quando passar o testemunho, quero deixar um legado de desenvolvimento", diz Eduardo Vítor Rodrigues, que só pode cumprir mais um mandato à frente dos destinos da Câmara de Gaia. Um mandato que garante continuará a ser centrado na melhoria da qualidade de vida no concelho.
Para tal, já anunciou o reforço das vagas nas creches e do número de habitação social. Mas há algo que considera "a grande prioridade": a criação de uma unidade de cuidados continuados no polo II do Hospital de Gaia. O projeto já está a ser preparado e representa um investimento de 18 milhões de euros, disponibilizando 120 camas, com componente de cuidados médicos e de lar de terceira idade.
Projeto alternativo
O autarca socialista parte com a vantagem de uma maioria absoluta que lhe garantiu nove vereadores contra dois do PSD/CDS. Cancela Moura admite que tem "um grande trabalho pela frente". Mas acredita que conseguirá virar o tabuleiro. Na rua, a adesão popular é pouca. "Metade das pessoas não votou nas últimas eleições e houve quatro mil votos em branco. O nosso grande desafio é convencer as pessoas que temos um projeto credível, exequível e bem estruturado", diz.
Apesar disso, o candidato da coligação PSD/CDS/PPM está convicto de que os gaienses vão "penalizar a sério quem governa mal".
Na luta pela eleição de um vereador, Diana Ferreira (CDU) tem centrado a campanha nos direitos dos trabalhadores; Renato Soeiro (BE) pede que se aposte no pluralismo; e Nuno Gomes Oliveira (PAN) aposta nas questões ambientais.
Em Gaia concorrem ainda Vítor Marques (MPT/PDR), Alcides Couto (Chega), Orlando Monteiro da Silva (Iniciativa Liberal) e Ana Poças (Livre).
SABER MAIS
52% de abstenção
O concelho de Gaia tem mais de 300 mil habitantes, dos quais 264,8 mil são eleitores. Mas, há quatro anos, só 138,06 compareceram nas urnas.
Alternância
Socialista até 1997, Gaia caiu nas mãos do PSD, em 1997, pelas mãos de Luís Filipe Menezes. Mas regressou a "casa" quando o autarca teve de sair, devido à limitação de mandatos. É gerida, desde 2013, por Eduardo Vítor Rodrigues (PS).
Maioria absoluta
O Executivo municipal é composto apenas por duas cores políticas. Com uma maioria absoluta de 61,68%, Eduardo Vítor conquistou nove eleitos, há quatro anos.