Germil rodeada pelo fogo revive trauma da morte da emigrante Mélodie aos 18 anos
Ao quarto dia sem dar tréguas aos meios de combate, o incêndio em Ponte da Barca chegou às portas de Germil, no alto da serra Amarela, a 600 metros de altitude, e ressuscitou na aldeia a lembrança de um trauma vivido há 15 anos.
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Em 2010, o fogo cercou a povoação, com pouco mais de 40 habitantes, e uma emigrante, filha de gente da terra, com 18 anos, Mélodie, ajudou a combater as chamas. No dia seguinte sentiu-se mal e morreu. Esta quarta-feira, o casal António Joaquim e Ermelinda, antigos emigrantes de 71 e 73 anos, recordavam o caso, sentados à soleira da porta, enquanto bombeiros e GNR [e jornalistas], invadiam a aldeia com as labaredas a roer a paisagem à volta.
O incêndio rondou outras aldeias daquele concelho, como Paradamonte, chegou à Mata do Cabril, reserva integral do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), e passou para o concelho de Terras de Bouro, no vizinho distrito de Braga.