O navio-museu Gil Eannes, atracado desde 1998 na doca comercial de Viana do Castelo, regressou esta quinta-feira ao seu espaço habitual, após uma ida a estaleiro durante três semanas para trabalhos de manutenção.
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A embarcação acolherá, no próximo sábado, as comemorações do 10.º aniversário do Centro de Mar de Viana do Castelo, instalado na popa da embarcação. O espaço compreende o Centro de Interpretação Ambiental e de Documentação do Mar com diversas valências, desde equipamentos multimédia, possibilidade de acesso a consultas digitais, áreas de apoio ao empreendedorismo e economia náutica e experiências audiovisuais interativas.
Para comemorar a emblemática data, será inaugurada a exposição "Um Mar de Oportunidades: 10 anos de Centro de Mar", apresentado o projeto "O Pasto das Marés" (d'A Recoletora) e realizada uma oficina criativa para crianças e famílias "O mar está todo aqui" (de Luísa Coelho e Rui Coelho).
O antigo navio-hospital da frota bacalhoeira tinha sido rebocado para "doca seca" nos estaleiros navais de Viana do Castelo, a 23 de outubro, para trabalhos de pintura e reparação do casco, de forma a renovar o seu certificado de navegabilidade que é emitido pela Autoridade Marítima.
A embarcação, construída em 1955 nos estaleiros, navegou mundo fora como navio-hospital da frota da pesca do bacalhau, e acabou por ir parar a uma sucata de onde foi resgatado e levado para Viana do Castelo em 1997. Foi transformado num museu que recebe, em média, cerca de 100 mil visitantes por ano. O aproveitamento e reconversão do navio ainda continua.
A Fundação Gil Eannes já anunciou que aguarda "oportunidade de financiamento" para poder "musealizar os porões", transformando-os num espaço onde possa ser mostrada, com recurso a tecnologia audiovisual, "como era a vida da pesca do bacalhau", no tempo em que o Gil Eannes prestava assistência à frota.