Governo elogia diretor por envolver pais e autarquia na vigilância de escola da Maia
A secretária de Estado Adjunta da Educação, Alexandra Leitão, elogiou esta quarta-feira de manhã, na comissão parlamentar de Educação, as decisões do diretor do agrupamento Dr. Vieira de Carvalho, por ter envolvido pais, autarquia e funcionários na resolução de problemas de bullying na escola EB1/JI do Lidador, na Maia.
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Interpelada pela deputada do BE Joana Mortágua sobre o caso da escola EB1/JI, na Maia, onde pais e avós criaram o "movimento patrulha recreio", contra situações repetidas de bullying, Alexandra Leitão sublinhou que o problema não se deve à falta de assistentes operacionais mas às "características específicas" da escola.
"É uma escola com características muito específicas. Francamente não teve nada a ver com a falta de assistentes operacionais. É aliás uma escola de 1.º ciclo, pelo que não estou a fazer um elogio ao Ministério da Educação", começou por responder, referindo de seguida que a solução encontrada "foi atalhada de maneira muito boa", nomeadamente através do "envolvimento dos pais".
Cansados de casos repetidos de bullying, nomeadamente a alunos do pré-escolar, pais e avós criaram um movimento para durante todos os intervalos e do lado de fora do portão ajudarem na vigilância dos intervalas, conforme o JN denuncia na edição desta quarta-feira.
Horas depois, já durante a quarta ronda de perguntas da comissão, o deputado socialista Porfírio Silva questiona Alexandra Leitão sobre se estava a elogiar a criação da patrulha anti-bullying, por pais e avós. A secretária de Estado esclareceu então, nesse momento, que se referia às decisões do diretor do agrupamento e não ao movimento dos pais.
"O Ministério da Educação não acompanha esta situação de hoje", mencionou então, revelando ter conhecimento do caso desde o "início de outubro". "Aquilo a que me referi foram às práticas pedagógicas", prosseguiu, dando exemplos: a "reunião entre a direção da escola, câmara, junta de freguesia, associação de pais e confederação de pais"; "ações de formação que envolvem os assistentes operacionais"; e ações que "envolvem toda a comunidade educativa e que pretendem promover aprendizagens saudáveis".
Alexandra Leitão voltou a insistir que o problema de bullying não se deve à falta de assistentes operacionais. Apesar de ser uma competência da autarquia, o rácio legal que define o número de funcionários não docentes "está mais que preenchido" nesta escola, sublinhou. O problema deve-se às "circunstâncias específicas da escola, muito bem resolvido pelo diretor em articulação com a autarquia, com acompanhamento da Direção Geral de Estabelecimentos Escolares" (Dgeste).