Uma mulher, de 41 anos, residente em Vila de Rei, deslocou-se, na madrugada de quarta-feira, ao Hospital Distrital de Santarém (HDS), por suspeitar que ia entrar em trabalho de parto, mas, quando chegou à unidade hospitalar, o bebé já se encontrava sem vida. Está a receber apoio psicológico.
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O HDS informa que "a equipa médica diagnosticou uma morte fetal in útero, uma situação clínica inesperada". Pelo que o JN conseguiu apurar, junto de outra fonte hospitalar, a morte do bebé - o primeiro da gestante - terá sido causada por "uma doença, que ninguém podia prever".
"A grávida recorreu, por iniciativa própria, a esta instituição por suspeita de início de trabalho de parto", acrescenta o HDS, onde foi "admitida na Urgência de Ginecologia e Obstetrícia, que se encontrava a funcionar em pleno" e "foram prestados todos os cuidados necessários".
A unidade hospitalar de Santarém esclarece ainda que "a gravidez não foi acompanhada ou vigiada pelo Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do HDS". Em comunicado, o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) também garante que a utente foi apenas uma vez ao atendimento permanente o CHMT, no dia 18 de julho, para realizar um CTG (cardiotocografia).
Este exame destina-se a registar a frequência cardíaca fetal e as contrações no útero, num determinado intervalo de tempo, e costuma ser realizado no final da gravidez. O CHMT assegura, assim, que "não existem mais registos desta gravidez no serviço", que funciona no Hospital de Abrantes. Fonte da unidade de saúde acrescenta que estava tudo bem como o bebé e que a mulher seria seguida na privada.
O JN apurou que a mulher ter-se-á levantado com sinais de parto e foi consultar o portal do SNS para saber a que unidade de saúde se devia dirigir. Ao constatar que a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Abrantes, localizada na sua área de residência, estava fechada, deslocou-se, pelos próprios meios, ao HDS.
Esta quarta e esta quinta-feira, a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do CHMT encontra-se em contingência de nível 3 (máximo). Contudo, fonte hospitalar assegurou ao JN que se encontram de serviço um obstetra, três enfermeiros especializados em saúde materna e uma equipa de neonatologia. "Se a mãe ou o bebé estivessem em risco de vida iminente, dávamos resposta."
Apesar de a utente, grávida de risco, só ter ido uma vez ao Hospital de Abrantes realizar um CTG, o Conselho de Administração determinou a "abertura de um inquérito de averiguações formal"