As greves dos condutores do metro previstas para a próxima segunda-feira, dia 17, e também para o dia 31 foram desconvocadas, após a ViaPorto, consórcio que detém a subconcessão da rede metropolitana, e o Sindicato dos Maquinistas terem chegado esta sexta-feira a acordo. Entre outras melhorias, os trabalhadores conseguiram dois novos subsídios: de transporte e de quilómetro.
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As conversações entre as duas partes chegaram a bom porto, depois de terem sido chamadas para reuniões pela Metro terça-feira, tendo esta empresa procurado sensibilizar quer o consórcio quer os dirigentes sindicais para a necessidade de se alcançar um entendimento. Até porque a paralisação da passada segunda-feira convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas de Caminho-de-Ferro foi quase total, entre 98% e 99%.
Vão ganhar mais
Rui Pedro Pinto, que representa os trabalhadores do metro do Porto no sindicato, explicou ao JN que foram criados dois subsídios. O de transporte, que visa as deslocações de trabalho, e outro pelos quilómetros percorridos em trabalho. Esta medida, explicou, surge à semelhança do que acontece em Lisboa. Estes subsídios, justificou, vieram complementar o aumento salarial negociado, mas cuja percentagem o dirigente se escusou a explicitar.
Além disso, referiu que conseguiram uma melhoria das condições de trabalho e acordaram prolongar o acordo de empresa até 2020.
38 horas em média
Na prática, o tempo de trabalho passa, em média, de 40 para 38 horas no próximo ano e no seguinte para 37,5 horas. "A amplitude de trabalho diminui na prática", referiu o dirigente, mas o horário normal de trabalho, que pediam para ser reduzido para as 35 horas, continua a ser de 40.
Os condutores defendiam ainda a admissão de "20 a 30 novos trabalhadores" para "colmatar as horas extras" pedidas aos funcionários "quase diariamente".
Rui Pedro Pinto, que é dirigente do Sindicato dos Maquinistas no Porto, sublinhou que haverá mais 12 trabalhadores, quando terminarem a formação que está a decorrer, no sentido de minimizar, desde logo, a redução de horário. Outros trabalhadores serão admitidos na sequência do próximo curso. Isto permitirá corresponder a outra exigência: o "direito a férias" que não "conseguem gozar" devido à necessidade de cumprirem trabalho extra.