O pacto climático, através do qual o município de Guimarães quer envolver os cidadãos, empresas, instituições para alcançar a neutralidade climática, em 2030 foi apresentado, esta segunda-feira, no Laboratório da Paisagem. Instituições e empresas estão convidadas a assumir um compromisso com um futuro mais sustentável.
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Na presença da secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, assinaram este documento, além da Câmara Municipal, 70 entidades de âmbito nacional e local. A iniciativa foi também uma forma de assinalar o Dia Mundial do Ambiente.
Sofia Ferreira, vereadora com a pasta do Ambiente, destacou que com este pacto, "Guimarães está a antecipar para 2030 as metas estabelecidas para 2050". Este objetivo não é alheio ao facto de Guimarães - a par com o Porto e Lisboa - ter sido escolhida para participar na missão da União Europeia para as 100 cidades inteligentes e neutras em termos de clima até 2030: "Missão Cidades".
Ao subscrever o pacto climático os signatários comprometem-se a: adotar estratégias de descarbonização das suas atividades; reduzir as emissões de gazes com efeito de estufa (GEE); colaborar com o município na descarbonização; recolher dados, relativos às emissões de GEE, e reportá-los; comunicar as metas alcançadas e garantir a transparência dos processos.
É preciso encontrar um equilíbrio para que a pegada ecológica destas pessoas não seja superior ao que a natureza pode suportar
Entre as entidades que já assinaram este compromisso estão, entre outras, a construtora Casais, a Brisa, o Hospital da Senhora da Oliveira, o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, a Universidade do Minho e grandes empresas têxteis como a Mundifios ou a JFA.
Sem desligar a iniciativa da recente candidatura do município a Capital Verde europeia, o presidente da Câmara, Domingos Bragança, lembrou que está a candidatar-se "um território onde 160 mil pessoas têm que trabalhar, viver, estudar, produzir". É preciso, segundo o autarca, "encontrar um equilíbrio para que a pegada ecológica destas pessoas não seja superior ao que a natureza pode suportar."
O pacto climático está disponível online, para ser consultado e para que outras entidades possam aderir. "A partir de agora vamos fazer sessões de esclarecimento setoriais com os parceiros", esclarece Sofia Ferreira.