O Executivo camarário de Guimarães aprovou, esta semana, a celebração de um contrato de “gestão de eficiência energética para a iluminação pública”, que vai permitir que o Município atinja os 100% de iluminação pública por LED. O sistema incorpora tecnologia que permite a instalação de câmaras de videovigilância.
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O Executivo camarário de Guimarães aprovou, esta semana, a celebração de um contrato de “gestão de eficiência energética para a iluminação pública”, que vai permitir que o Município atinja os 100% de iluminação pública por LED. A tecnologia a ser instalada está preparada para suportar as câmaras de videovigilância do sistema que o presidente da Câmara, Domingos Bragança, anunciou, em maio de 2023, de modo que possa funcionar “o mais breve possível”.
De um total de 36 mil luminárias, Guimarães já tem 21 400 equipadas com LED. O contrato que agora foi aprovado, no valor de 9,7 milhões de euros, vai permitir a conversão das restantes 14 600 e inclui também a manutenção, ao longo de um período de 15 anos. Durante a vigência do contrato é esperada uma poupança a rondar os 80%. Desta, 12,8% das verbas revertem diretamente para o Município e o restante servirá para financiar o investimento, a suportar pela empresa que ganhou o concurso. A Câmara estima a poupança total, ao longo dos 15 anos, em mais de 11 milhões de euros.
Prevenir atentados ao património
O tipo de luminárias a instalar permitirá “ativar o sistema de videovigilância no centro histórico e noutros locais”. De acordo com Domingos Bragança, “o sistema está em fase de licenciamento junto da Comissão Nacional de Proteção de Dados e outras entidades”.
A primeira vez que se falou em videovigilância no centro histórico da Cidade Berço, foi em 1997, no mandato de António Magalhães, que queria prevenir atentados contra o património. Na altura, houve um movimento popular contra a medida que recolheu centenas de assinaturas. Mais recentemente, em 2023, Domingos Bragança afirmou que a videovigilância “está a avançar”, num processo que envolve o Comando Distrital da PSP e os municípios vizinhos de Braga e Famalicão.
O autarca defende a videovigilância “para a dissuasão das incivilidades”. Questionado pelo JN, o Município não divulgou que ruas é que vão ser cobertas por este sistema, nem quantas câmaras serão instaladas. O PCP tem questionado a necessidade do sistema nas três cidades, alegando que não há estudos que o justifiquem e que a criminalidade, em 2022, até diminuiu.