"Açambarcamento abusivo" do produto na origem de uma possível retirada dos dispensadores nas estações. Utilização representou um consumo de mil litros por mês.
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A Metro do Porto ameaça retirar os dispensadores de álcool-gel das suas estações devido ao "açambarcamento abusivo" que se tem verificado por parte de quem utiliza os dispositivos para encher recipientes próprios e individuais.
A empresa, que estimava um consumo do produto de desinfeção das mãos na ordem dos 300 litros mensais, já registou um consumo na que chega aos mil litros. Ou seja, por mês, a despesa da empresa em álcool-gel ronda os dez mil euros.
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"Verificamos que, em algumas estações, há pessoas que se abastecem de álcool-gel para utilização própria, enchendo recipientes individuais", avança fonte da Metro, salientando que na maioria dos casos, não se trata de passageiros.
Máquinas de vending
A empresa disponibilizou em toda a rede cerca de 70 equipamentos para desinfeção das mãos em 30 das suas estações. A Metro admite que, "caso este açambarcamento abusivo e lamentável se mantenha", poderá "deixar de disponibilizar álcool-gel nas estações".
Se esta decisão avançar, os passageiros passarão a ter acesso a gel desinfetante apenas através das máquinas de vending localizadas em algumas estações de Metro, por dois euros. Esses equipamentos também foram abastecidos com máscaras descartáveis, que custam 1,50 euros, e reutilizáveis (três euros).
De salientar que a Metro do Porto é a única empresa de transporte público no Norte que disponibiliza álcool-gel aos passageiros.
A empresa tem registado um aumento crescente da procura por parte dos passageiros. Em abril, os números apontavam para 10%, em junho subiu para os 21,2% e em junho atingiu os 43% de procura, face aos valores pré-pandemia.