Um técnico do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi agredido por um homem que tentava socorrer, sofreu traumatismos no rosto e teve que receber assistência hospitalar. O homem, com cerca de 20 anos, estava alcoolizado e tinha ficado ferido, quando tentava destruir um restaurante em Gondomar.
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Tudo acontece por volta das 21 horas. “Ele já vinha alcoolizado de um café aqui perto. Veio com dois amigos. Como era tarde deve ter-lhes dado fome”, conta Noémia Barbosa, proprietária, há cinco anos, do restaurante "O Chefe Barbosa", em S. Cosme
Noémia nem conseguiu perceber o que aborreceu o cliente, que diz chamar-se Miguel e ter cerca de 20 anos. "Foi tudo muito rápido. Começou a partir tudo, inclusive as montras e foi num desses vidros que ficou magoado", refere, revelando ter tido prejuízos de 1.500 euros.
Com tudo partido e sangue por todo o lado, Noémia chamou por socorro. "Veio uma ambulância dos Bombeiros de Gondomar e outra do INEM", diz. Foi ao ser assistido que o cliente agrediu o técnico da Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV), que sofreu traumatismos no rosto.
O técnico do INEM foi assistido no Hospital de Santo António, no Porto, assim como Miguel que apresentava uma hemorragia abundante num braço. Já foi identificado pela PSP, que remeteu o auto de ocorrência para o Ministério Público. "Teve alta e não lhe aconteceu nada. De manhã, estava no café outra vez a beber", revela Noémia.
O caso foi denunciado pelo INEM, neste domingo, nas redes sociais, garantindo que vai "ativar todos os meios legais ao seu alcance" para defender os seus profissionais e considerando que situações como as de Gondomar são "absolutamente inaceitáveis".
"O INEM lamenta profundamente este incidente e recorda que o trabalho de todos os profissionais que se dedicam à emergência pré-hospitalar deve ser respeitado, apoiado e defendido. Estes profissionais dão em cada missão o melhor de si, trabalhando muitas vezes em condições muito difíceis e desafiadoras", lê-se na mensagem.
Também a Comissão de Trabalhadores considerou “intolerável a situação” e exigiu que “os agressores sejam levados à justiça e que sejam tiradas as devidas e severas consequências”. “Não é um caso isolado . É mais um exemplo do risco constante”, vincou.