<p>Sete milhões e meio de euros foi quanto custou o novo Hospital de Nossa Senhora da Assunção, em Seia, ontem, segunda-feira, inaugurado pela ministra da Saúde. Unidade de saúde foi reorientada para os cuidados continuados.</p>
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A ministra da Saúde defendeu, ontem, em Seia, que "é importante gerir os recursos da saúde de forma integrada e para garantir o acesso equitativo dos utentes". Ana Jorge falava durante a inauguração do novo Hospital de Nossa Senhora da Assunção, que integra a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda juntamente com o Hospital Sousa Martins e 12 centros de saúde do distrito.
As obras de ampliação da unidade representaram um investimento de cerca de 7,5 milhões de euros e permitem a sua integração na Rede Nacional de Cuidados Continuados, cujo serviço disponibiliza agora 10 camas e mais 20 para o internamento de convalescença, não superior a 30 dias. O hospital dispõe ainda de 23 camas para Medicina Interna e nove em Cirurgia, servindo as populações de Seia, Gouveia e Fornos de Algodres. "As novas instalações vão melhorar a prestação de cuidados de saúde na região, alocando recursos técnicos e humanos em função das necessidades das pessoas e da identificação dos seus problemas", disse a ministra, acrescentando que a unidade de cuidados continuados vai servir toda a ULS.
Nesse sentido, Fernando Girão, presidente do Conselho de Administração daquele agrupamento, revelou que "a missão do Hospital de Seia foi reorientada para os cuidados continuados, tendo em conta que um quarto da população do distrito é idosa". Numa intervenção mais política, o autarca local, o socialista Eduardo Brito, lembrou a luta da população por um "hospital novo" e disse esperar que o hospital não passe a ser "um apêndice" do "Sousa Martins", na Guarda. No entanto, o edil, que não se recandidata, admitiu que a ULS é, "nestes 30 anos de democracia, a primeira tentativa séria de dar consistência territorial e política ao distrito".
A primeira pedra do novo edifício foi lançada em Setembro de 2006, tendo o hospital ficado operacional em Julho deste ano. A empreitada contemplou praticamente toda a unidade, com excepção dos serviços administrativos e da Consulta Externa, ambos a funcionar em instalações construídas há 12 anos e que vão manter-se.
O edifício, de quatro pisos, foi implantado numa área sobranceira ao hospital actual, entretanto demolido, e permitiu o crescimento do internamento. A unidade passou de 35 camas para 62. De resto, foi construído um novo bloco operatório, Urgência e Imagiologia, além da cozinha, refeitório, armazéns e estacionamento.