Empresário da região apresentou projeto para "refuncionalizar" o imóvel, que em parte está devoluto há uma década.
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O presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, confirmou ontem que deu entrada naquela autarquia um pedido de licenciamento para instalação de um hotel na atual estação de comboios da cidade.
Segundo o autarca, existe um projeto para um estabelecimento hoteleiro "com mais de 40 quartos" apresentado por um empresário da região para refuncionalizar o edifício - que está sob alçada da Infraestruturas de Portugal (IP) -, situado ao cimo da Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, em pleno centro histórico e que se encontra em parte "devoluto há mais de uma década".
"Um agente do ramo da hotelaria da cidade que se dirigiu à entidade [Infraestruturas de Portugal], propondo a refuncionalização para uma unidade hoteleira. Encetaram as condições do comodato e concretizaram essa intenção. Posteriormente vieram ao município para dar nota disso", declarou Luís Nobre (PS) aos jornalistas, ontem no final de uma reunião do executivo municipal, onde o tema foi abordado por vereadores da CDU e do PSD, questionando-o sobre o projeto.
"O município concorda. Acho que faz sentido de refuncionalizar, desde que garanta as atuais funções da estação, que estas não saiam prejudicadas", disse o autarca, destacando a "função dinamizadora" da cidade que o futuro "hotel temático" poderá ter por se encontrar em plena zona histórica.
A acompanhar
Adiantou ainda que a Câmara Municipal "tem estado a acompanhar o licenciamento, conjuntamente com a Direção-Geral de Cultura do Norte", e que num primeiro momento, o pedido terá sido indeferido "por razões relacionadas com a cobertura e o projeto tem de ser alterado".
Acrescentou, sem se alargar quanto a detalhes do investimento, que o número de quartos "terá sempre de ser superior a 40" por uma questão de rentabilidade. "
"É nesse limite que [o promotor] está a trabalhar, no sentido de otimizar o mais possível", explicou o presidente do Município, concluindo, quanto aos serviços de apoio à circulação de comboios, como bilheteiras, "continuarão a ser assegurados".