Grupo Sana assume requalificação do quarteirão com a Rua de Luís de Camões, onde nascerá projeto. Câmara garante que não se trata de "um mero hotel".
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Está licenciada mais uma unidade hoteleira de luxo em Gaia. O projeto, da autoria do Grupo Sana, vai nascer no quarteirão da Avenida da República e a Rua de Luís de Camões. O terreno está ocupado pela antiga fábrica de moagem mas o plano para avançar com as demolições já está a ser traçado. O hotel será um "Myriad" do grupo. Em Portugal, há um em Lisboa, no Parque das Nações.
Todo o quarteirão gaiense vai ser requalificado pela empresa de hotelaria e há ainda um "compromisso", garante o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, de privilegiar, em termos de empregabilidade, quem vive em Gaia. Serão criados cerca de cem postos de trabalho.
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"É a classe de ouro do grupo Sana", assegura o autarca. Inicialmente, a perspetiva de investimento ascendia aos 30 milhões de euros, que correspondia à construção de "uma mega torre". O projeto foi alterado e a empresa assumiu ainda um conjunto de intervenções urbanísticas naquela zona. Considerando o envolvimento da empresa com o concelho, a Câmara de Gaia decidiu, em reunião de Executivo, isentar a empresa do pagamento de todas as taxas municipais.
"Terá um spa, uma sala com potencial para um centro de congressos. É muito mais do que um mero hotel de quartos", observa o autarca.
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Eduardo Vítor Rodrigues admite que a empresa apareceu "com uma expectativa elevada de construção". A par disso, e "independentemente da evolução do mercado em termos de pandemia", o projeto vai avançar, assegura o autarca. Além das interceções com a praceta que a empresa terá de construir, reconstruirá também as lojas da CP.
"O dinheiro que estamos a retirar [em taxas], é o que vão gastar com a requalificação em espaço público", afirma.