O violento incêndio que consumiu as instalações do centro automóvel da Auto Sueco, na zona industrial do Porto, na tarde de segunda-feira, deu origem a uma descarga poluente na ribeira da Granja, indicou a Câmara do Porto. Foram acionados meios para tentar conter o foco de poluição.
Corpo do artigo
Em comunicado emitido na manhã desta terça-feira, a autarquia portuense dá conta de que "a Águas e Energia do Porto foi alertada para uma descarga na Ribeira da Granja, motivada pelas escorrências na rede de águas pluviais de materiais poluentes, resultantes do incêndio da Auto-Sueco".
O alerta chegou pelas 19.30 horas de segunda-feira, e "foram imediatamente mobilizados meios" da empresa para o local, os quais, "conjuntamente com a Autoridade Marítima, estão a tentar minimizar os efeitos do derrame, na foz da Ribeira da Granja e, consequentemente, no rio Douro". As duas entidades "vão manter no local os meios necessários para a contenção do derrame, enquanto se verificar a descarga".
À margem da assinatura de um protocolo com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), precisamente para a requalificação total da Ribeira da Granja, o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, confirmou que várias entidades estão a "monotorizar" a situação e que as descargas naquele fluxo de água já eram de prever devido à dimensão do incêndio desta segunda-feira na Auto Sueco.
"Todos nós sabíamos que aquela quantidade de água usada para combater o incêndio poderia estar a algumas ribeiras", começou por referir aquele que também é o vereador com o pelouro do Ambiente, especificando que, ainda na segunda-feira, foram colocadas duas barreiras para "reter os óleos", encontrando-se no local dois camiões a retirar o produto poluente. "Estamos a tentar debelar a situação", garantiu Filipe Araújo, esta terça-feira.
No mesmo comunicado, a Câmara do Porto explica que "foram colocadas, no leito da ribeira, barreiras de contenção para derrames e, em simultâneo, está a ser aspirada a matéria poluente em suspensão".